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Com chuva de variedades, fora da curva da cena, se liga nos Smoking Hits

O formato de mixtape segue firme e forte, apesar do imediatismo que 2019 impõe. The Monkey’s THC trouxe algo que é quase uma revitalização do formato, um exemplo de como fazer nos dias atuais. A Mixtape Smoking Hits Vol.1 traz faixas viciantes e variadas.

Com um swing único, as 7 músicas espalhadas em pouco mais de 21 minutos são destoantes umas das outras, ainda que em uníssono do grupo. Incluindo algumas batidas quase noventistas, batidas ornadas com instrumentos eruditos, violões, guitarras, inserção de linhas de baixo e dobras de skrrrr. O projeto é resumido em consistência e versatilidade.

Consistentes com linhas boas e rimas que fogem do clichê, com refrãos diferentes que te chamam de volta para a música, é impossível não ouvir inteira. Bem ornada na transição de faixas, são destoantes porém concisas. Fruto da lapidação de VIBOX na produção dos beats e direção musical de todo o projeto. Por exemplo, “Ocos na Terra” e “Noites de Sol” se completam, não podendo jamais estar em ordem diferente na tracklist, exemplificação do cuidado com a lapidação da obra. “Noites de Sol”, que traz uma vibe sambada, em sinergia com sintetizadores do rap costeiro comumente produzido por Dr. Dre.

A mixtape no final sai como mais que um trabalho, sendo assim uma experiência; a diferenciação do padrão da cena deixa tudo único, pedindo o máximo de atenção a cada detalhe, da musicalidade até os versos. Todas as transições bem feitas de faixas para outra, a imprevisibilidade da obra completa, a alternância de imagética criada, apenas somam às letras. Quem ouve apenas uma track nunca imaginaria tudo que se passa nas outras 6 e como isso dialoga, as faixas dialogam entre si, os artistas dialogam com o ouvinte.