Fala, bando de cabaço! Huss aqui pra dissertar sobre mais um trabalho da cena nacional, e dessa vez a pauta é o novo EP do carioca Akira Presidente, um cara já cascudo no jogo. O extended play chama-se Pós Expediente e é bem curtinho, então vou fazer a review naquele esquema faixa a faixa. Sem mais apresentações, tiupar revisar!
Após a “Intro”, que apresenta o conceito do EP ao ouvinte, surge a 1ª música, “Estrada”. Na parte da produção, curti bastante o sample escolhido, mas achei que os drums poderiam ser melhor encaixados. Já nas rimas do Akira, o quesito que destoa nessa track é o lazy flow (que dá as caras durante todo o trabalho). O jeito como o rapper encontra as rimas é bem diferente, ele dá bastante ênfase às sílabas e isso casa bem o flow, mas as linhas em si não são o ponto mais forte da faixa.
Na sequência, chegamos à “P.D.M.V”, com participação dos fan favorites do blog, o grupo Nectar. Enquanto o Bril retrata a sujeira das ruas cariocas (as usual), o menino BK dá uma palestra (o cara só solta verso quente esse ano, puta que pariu), dando um renegade no Akira, cujas linhas até melhoram em relação à track anterior. O flow preguiçoso do Presidente e o beat chill out também casam bem mais uma vez, mas o destaque vai mesmo pro menino BKína. Isso me lembra um feat do próprio Akira numa faixa do D2, o qual ofusca o próprio Marcelo, além do Batoré da Cone e do Shock do Start. Parece que o jogo virou não é mesmo?!?!
Depois de mais um interlúdio, chegamos à ultima música do álbum, a “Sexo, Beck e Fumaça”. Com um beat mais encorpado, e um refrão de alto nível do Luccas Carlos, a track também conta com a melhor performance do Akira no EP. A maneira como ele mescla os flows rápidos e lentos surpreende, a métrica se destaca, assim como as letras. Um belíssimo encerramento (não-oficial, pois o trabalho acaba mesmo após a “Outro”). Deixo aqui pra vocês um fragmento dessa bela track:
Ela é mexe demais, sexy demais
Se destaca tão facil das outras demais
Da minha mente não sai, ve se esquece as rivais
Hoje a noite é só nós dois bonita, e a cama king size (“Sexo, Beck e Fumaça”)
Num apanhado geral, destaco o bom conceito do EP (o El Lif, além de produtor, atua também como um “locutor de rádio”, fazendo os interlúdios e pontes entre as tracks). Por falar nas produções, dá pra ver que houve um cuidado especial, até nas faixas onde o Akira não rima (inclusive, os beats da “Interlúdio” e da “Outro” são quentes); a única coisa que realmente me incomodou nesse quesito foram os drums da “Estrada”. No quesito rapper, acho que pelo pequeno nº de tracks e pela qualidade já apresentada em outras ocasiões, o Presidente poderia ter lapidado mais a lírica de seus versos, embora os flows estejam todos no ponto.
E é isso bonde! Não fechem a aba do blog porque vem fogo atrás de fogo, só texto quente! Até!