Fala rapeize, LAHuss nas reviews de novo! Tamo na semana “Reviso A Merda Que Eu Quiser” e, portanto, farei jus ao título! Dessa vez vou dar uma variada e falar de um trabalho gringo, um dos melhores dos últimos anos. To falando do debute do real gangsta Pusha T, entitulado My Name is My Name. Lançado em 2013, MNIMN marcou o início da carreira solo da metade cabeluda do Clipse, um dos duos mais fodas que já rimou nesta bola azul, e que contava também com o irmão do Push, o (No) Malice, que agora se converteu e deu uma de Pastor Ma$e.
Falando no Mason, iniciarei minha review separando um parágrafo pra minha track preferida no álbum, a “Let Me Love You“. Um verdadeiro tributo ao rap do fim dos anos 90 e do começo de 2000 (época na qual eu comecei a ouvir o gênero), a faixa proporciona uma viagem no tempo e nos leva há uns 15 anos atrás: beat chiclete, refrão feminino chiclete (cantado pela Kelly Rowland, que rondava meu imaginário hahaha) e com lek Pusha abusando do flow do Ma$e, um dos mais admirados até hoje, que ainda causa admiração nos barbados e calcinhas molhadas. Enfim, vi minha infância ali de novo.
Voltando ao álbum de uma forma geral, Pusha, como de costume dá aulas de lírica nas músicas. Seja com a enxurrada de punchlines em “King Push“, “Numbers On The Boards“, com a instrospecção de “Hold On” e “Pain” e a maneira como ele nos transporta às situações em “Nosetalgia” e “S.N.I.T.C.H.“, suas letras agem como balas de 12 na mente do ouvinte. Isso sem falar nas adlibs (que estão entre as melhores da história do rap): o WOOO e o YUCK te animam em qualquer deprê. A (baixa) variedade de flows do nativo da Virginia não encanta como as linhas ou o delivery, mas certamente essa falha é camuflada pelos vários pontos positivos de Pusha no mic.
A produção é outro tópico importantíssimo a se destacar no trabalho. O estilo violento e inovador já imortalizado nas parcerias entre o Clipse e o gênio Pharrell (shout out to my nigga SVNTI) foi lapidado por estrelas da produção como Kanye West (dono da GOOD Music, label do Push), The-Dream, além do próprio Skateboard P. A “Numbers On The Boards” é uma verdadeira masterpiece: um beat cru e elaborado ao mesmo tempo, que prende. Na “Hold On“, Yeezy usa a própria voz autotunada como base principal do beat, criando uma melodia incrivelmente agradável. E na “Suicide“, temos Pharrell atacando na vibe futurista já demonstrada nas tracks anteriores (e aclamadas) com T.
As participações escolhidas engrandecem ainda mais o disco. Destaque pro K-Dot na Nosetalgia, que veio killando (como sempre), e também pro Future, que vem com um belíssimo refrão na Pain, outra grande track que compõe o trabalho. Dentre as decepções, destacam-se o já citado flow pouco versátil de Pusha, além de algumas tracks abaixo do overall, como “40 Acres” e “No Regrets”.
My Name Is My Name é a prova que o gangsta rap não precisa seguir aquela fórmula engessada para se manter no sucesso e, embora tenha sido um pouco ofuscado por álbuns como Yeezus e Nothing Was The Same, lançados na mesma época, é uma das melhores obras dos últimos anos. E é isso, não fechem a page do blog porque ainda vem mais hot reviews na semana. Até!
NOTA: Galera, Vinar aqui. “40 Acres” é maneira, só o refrão que fode com tudo. Maldito The-Dream. FALOU, YUUUUUUUGHCK ! Amo vocês. <3