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Review : “Big Grams” Por Big Boi & Phantogram

bigramsBig Boi está de volta matando a saudade dos fãs dele, e claro, matando a saudade dos fãs do maior duo de rap da história (Outkast)…Ou será Mobb Deep? Eu não estou aqui para dá o pontapé inicial na terceira guerra mundial meus meninos, então sem tretas. Mas, voltando pro que dá Ibop, Twan voltou fazendo uma colaboração com a banda de eletrônica chamada Phantogram, que colaborou com ele em duas faixas no disco lançado em 2012 chamado “Vicious Lies & Dangerous Rumours”. Criado a introdução, vamos pro que interessa gente boa. Let’s Go.

Olha, não tem muito do que dizer do “Big Grams” não, as duas coisas que definem bem esse disco é como ele é bem trabalhado e estruturado. A banda americana Phantagram que faz um som de eletrônica misturado com outros elementos, especialmente o rock, trabalhou em perfeita sintonia com o Big Boi, foi uma coisa boa e bonita de ser ver e ouvir. Pra deixar claro pra vocês, o que dizer do flow do Fat Daddy? É uma coisa muito foda de se ouvir meu amigo. O Dirty rap está presente assim como os elementos do eletro está (lógico), além do fato dos punchlines do Twan estarem perfeitamente bem equilibrados e cuspidos na hora certa. Em “Lights On”, onde se tem um refrão belíssimo de um dos membros da banda alternativa, a Sarah Barthel, que participa de quase todas as faixas do EP, seja fazendo pontes, intro’s ou refrões, nessa musica, ela simplesmente mostra o talento e a boa voz que ela tem, além dos wordplays sinistros e punchs desconcertantes da lenda. A musica trata de forma bastante metafórica a forma como uma pessoa viciada na boemia é tratada na rua em busca de um caminho seguro até sua casa. Simplesmente magnífico.

Logo adiante, em “Fell In The Sun” e “Put It On Her”, o boom bap é mesclado da banda alternativa e fazem aquilo que mais me agrada no rap atualmente, que é a diversidade. De novo, Big Boi vem afiado e preciso, sem transcorrer ou passar do limite e sua técnica no Mic é uma coisa muito bem descontraída, afinal, falamos de uma lenda né pessoal. Depois de tudo isso, em “Goldmine Junkie”, Sarah personifica uma mulher que tem completa dominância na vida do Twan e em “Born To Shine”, uma das melhores faixas do disco se não a melhor no quesito lírico, temos a participação do melhor duo de rap da atualidade, Run The Jewels. É impagável ver o Killer Mike bancando uma de Bo$$, rimando sobre se vestir bem de uma forma bastante suja, street, como tem que ser. Em contra partida, EL-P nessa musica foi melhor, no quesito sujeira nível Hard, o cara engoliu os outros e mandou um dos melhores versos de todo o projeto e uma das mais divertidas. Observem :

Without coins, I’m a magical bloke
I’ll barracuda you chum for the simple fact that you don’t know how to float
Another tragedy aborted, I’m a bad news bear, bae
I’m armed with a hanger of coats, you’ll get poked
Now your mom’s got a new lease on life, a new hope” (“Born To Shine”)

Pra finalizar, na última faixa chamada “Drum Machine”, temos a participação do Dj Skrillex – que ta colando muito com os caras do rap, de olho nisso ae -, e nos proporciona o melhor beat do disco, o Dubstep rola solto e o Fat Daddy deita e rola. Os Punch volta e Sarah vem de novo em uma ótima apresentação e finaliza um dos melhores EP’s do ano pra mim. Pra terminar com tudo, vemos em Big Grams o reflexo de uma boa forma do rapper de Atlanta, vejo ele muito bem atualizado no quesito da sonoridade e muito por dentro do melhor que rola por ai nos jovens de hoje, se ele queria conquistar novos ares acertou em cheio. Pequeno, mas bem produzido. Poucas linhas, porém muito bem organizadas e soltas cirurgicamente. Recomendo bastante para vocês meus meninos, até a próxima semana e muito bom rap pra vocês. Beijo no bumbum.

Nota3,5