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Rap’s com assuntos inusitados

Desde o início do Hip Hop que o Rap protesta, auto afirma, informa, diverte, ataca, manifesta. Quando o mc é bom ele fala sobre qualquer assunto, não fica limitado, não fica batendo apenas em uma tecla.

Desde o início do Hip Hop que o Rap protesta, auto afirma, informa, diverte, ataca, manifesta. Quando o mc é bom ele fala sobre qualquer assunto, não fica limitado, não fica batendo apenas em uma tecla.

Há 20 anos atrás era quase um clichê ouvir que o Rap só falava a realidade. Essa realidade se limitava a xingar a polícia, falar de crime, falar de sofrimento — veja bem, sem generalização, apenas falando de uma maioria —, então quando Xis fez “Us manos e as minas“, um som de lazer, em 1999, numa época onde a maioria dos Rap’s só culpavam o sistema, ele foi original.

Atualmente, as coisas se inverteram. A realidade que a maioria dos mc’s relatam são: festas, rolês, maconha, mulher e flow. E quando aparece um mano xingando o Temer nas rimas falam: “Caralho! Esse maluco é foda!”

Enfim, acabei mudando o foco da parada. Voltando ao assunto principal, é muito louco quando aparece um som com aquele tipo de ideia que ninguém nunca tinha pensado em fazer música com aquilo antes. Assuntos inusitados no Rap existem e vamos lembra-los agora.

Em seu segundo trabalho solo, “Fantástico Mundo Popular“, Sombra mostrou toda sua versatilidade e bom humor na faixa “Piada Cabeluda“.

Dalila me traiu eu tô sem chão eu tô sem céu/ Me acode me ajuda, joga os cabelos Rapunzel/ Sansão meu querido, a noite passada foi uma zorra/ Trombei no rolê o Edward, o Mãos de Tesoura“.

Num mundo “politicamente correto” assumir que dar calote e ensinar como se dar calote é uma atitude ousada! Foi o que o Quinto Andar fez na clássica “Rap do Calote“.

Pular roleta é melhor que andar a pé, dá bolha/ E pro iniciante é a melhor escolha/ Com tempo se aprende calote denda lei/ Entra pela frente do ônibus com carteira de colégio falsa q eu sei

Muito já foi falado no Rap sobre carro e rolê, mas sobre um rolê de carro que resultou numa tragédia como a história narrada por Edi Rock em “A Vítima” foi inédito.

…Recordei daquela cena que você não viu/ Do capote, de um grito forte, dos holofotes/ Um vacilo seu já era, resulta em morte/ Daquela Kombi velha partida ao meio/ Daquela hora que eu tentei pisar no freio

Existem várias músicas falando de mina, e várias diss também. Marechal surpreendeu geral quando ao invés de fazer uma diss ameaçando os outros de morte e xingando aleatoriamente, preferiu dizer pros seus desafetos: “Sua mina ouve meu Rap“.

“Ela resmunga minhas romas no seu ouvido/ Diz que varios sempre tentam copiar mas nunca sai parecido/ Não quero ser convencido, mas ela que tá dizendo/Eu só to desenvolvendo o acontecido, vai vendo“.

https://www.youtube.com/watch?v=4rVitZLKFZ4

Membro do SP Funk, Maionezi não chegou a lançar nenhuma mixtape, nenhum EP, só alguns singles. Um deles é “O rei da gafe“, som que conta a história de um mano que é um verdadeiro saco de vacilo!

Sempre que pode ele comete aquela máxima/ Se a mina tá gorda ele pergunta se tá grávida/ Mestre da inconveniência, com herpes na boca pedindo um gole da minha breja…