Mas Que Nada (REMIX), apesar do nome, não é um remix, mas uma releitura do clássico composto por Jorge Ben Jor. A intenção com a escolha do título é trazer a sensação de que a versão do rapper goiano A.Jay A.Jhota é uma continuação, ou uma segunda parte da canção, mas numa versão totalmente autoral do Mc.
Lançado no último dia 2 de agosto, a música na verdade é uma versão atualizada da música de Jorge Ben, que foi trazida para a linguagem e a estética do Rap e da cultura negra atual. Para A.Jay, outro fator que influenciou na escolha do nome da faixa é fato de que a nova versão preserva muitos elementos originais, mantendo a essência da sonoridade, aliado à elementos modernos, como 808 e recortes usando técnicas de sampling de forma propositalmente simples.
“A música traz fortes influências do Samba e MPB, e também se alimenta das referências políticas de movimentos musicais tradicionalmente vistos como instrumento de resistência e de conscientização”, explica ele.
A.Jay usa o seu “Samba” para libertar seus iguais, passando a frente a arte herdada da luta e resistência negra. Sua herança artística vêm da resistência à escravidão e não da própria escravidão.
Além da afirmação preta, Mas Que Nada (REMIX) também trata de temas como a “gourmetização” e exploração da favela e a hipersexualização da mulher negra, entre outros, mas de forma leve.
O videoclipe, produzido por Raphael de Paula, Iury Flores e A.Jay A.Jhota, foi gravado no Chorinho do Grande Hotel, que é um dos maiores palcos da diversidade na cidade de Goiânia. As imagens trazem muito colorido e a alegria goianiense que resiste fazendo arte em meio ao cinza da cidade e os painéis do comércio que escondem nossa arquitetura e nossa identidade.
Ficha técnica:
Título: Mas Que Nada (REMIX)
Letra e produção musical: A.Jay A.Jhota
Direção de gravação e mixagem: Rickson Medeiros
Imagens: Raphael de Paula, Iury Flores
Roteiro e edição de vídeo: A.Jay A.Jhota