“Origens” é o novo álbum de Coronel, um rapper mineiro que vem traçando sua carreira desde 2014 com estilo e personalidade própria, conseguimos perceber que o artista coloca muita emoção e vivencia em suas letras, demonstrando sentimentos no que está transmitindo aos ouvintes.
Coronel é originário de São Geraldo-MG e já lançou 2 albuns chamados “King Kong” e “Goodbye”. O rapper também produz seus próprios sons em seu estúdio Bang Records que está em progresso, por isso acaba se tornando um artista completo, por escrever e produzir.
Batemos um papo com ele para saber mais sobre o álbum que foi lançado nesta quinta-feira (29) e contou com a presença da Autonomia Records.
Trocamos uma ideia com ele:
O que o Coronel traz da essência para esse novo álbum e quem produziu?
O álbum Origens, eu tentei trazer todo aquele underground de antigamente pros boom bap que estão no disco, por isso fiz ele todo de boombap, nessa tem uma faixa com STGMA e FLOW THUG, que são meus irmãos de caminhada e são da Autonomia Records. A mix e master foi toda por minha conta, assim como a capa do álbum e tudo mais, como de costume haha.
Como é realizar a produção de algo praticamente sozinho?
Eu sempre fui pra esse lado de me virar bota fé mano? Pq nunca tive grana pra beat, pra vídeo, daí me viro aprendendo umas coisas aqui e ali e boto meu trabalho pra andar hahahaha e satisfação demais mano!
Tem alguém no meio do rap ou em outro gênero musical, nacional ou internacional que te inspirou nesse trampo?
Djonga na terra e 50 Cent no céu kkkkkkkk.
Tem algo no rap hoje que não te agrada e que automaticamente você acabou não trazendo no seu álbum e porquê?
Acho que não, eu curto bastante coisa, porém internacional, no br gosto de trap, mas acabei não trazendo por questões de que eu sentia que deveria trazer algo do passado pra hoje ce bota fé? Eu sou muito old school e amo boombap, e senti/sinto falta disso nos dias de hoje, e quando eu comecei a ouvir rap foi com um boombap, ali já não teve escapatória, amor a primeira audição hahahahahah
Se fosse preciso citar uma característica única no seu álbum que não temos hoje no gênero, o que você destacaria?
Vivência de verdade ce bota fé? Vejo até por aqui memo uns mano falando que já fez isso e aquilo e bla bla bla mas aí ce poxa uma ficha e ce vê que é mó balela, mano que nunca passou dificuldade pras coisas, nunca perdeu alguém próximo, que nunca trabalhou até, no tears haha As vezes é difícil trazer certas coisas para as pessoas ouvirem, mas as vezes é preciso, as vezes tem gente precisando ouvir certa coisa e quando ouve dia como tipo “PUTA QUE PARIU!” bota fé? Tipo na faixa Robson! Robson era um amigo meu que infelizmente foi morto, e isso foi a um puto tempo atrás, quando eu era mlk memo fraga? Tempo de escola, e vim remoendo isso a varios anos pra só em 2019 conseguir falar sobre o bglh.
Depois desse álbum, o que o Coronel almeja para carreira dele, o que ele busca que ainda não conseguiu alcançar? E o que ele pode dizer que mudou na vida dele?
Coronel quer ser visto bota fé? Um pouco de reconhecimento pq acredito que tenho potencial de subir minha carreira pra um ótimo nível, embora eu sei que é questão de tempo, mas eu desejo isso, pq consequentemente sendo visto, mais portas vão se abrir e as portas se abrindo eu consigo dar uma vida melhor pra mãe e pai e levar meus amigos da Autonomia junto comigo, minha família também! E rap já me livrou de muita coisa pô, me ajudou na depressão, uma puta fase ruim, me ajudou a saber lidar com alguns problemas em casa no passado, na rua também, me deu consciência dos bglh fraga? Não vou mentir tb que não traz grana, pq consigo uma rendazinha, porém ainda trabalho em fábrica de sofá hahahah mas tudo no seu tempo.