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15 raps pra te lembrar que o Nordeste tá no topo da cena em qualidade

“Se no nordeste não tem grupo bom, não tem em lugar nenhum!”

Em 2007, quando saiu a mixtape “Dinheiro, Sexo, Drogas e Violência” do grupo de Fortaleza Costa a Costa, o rap brasileiro viu seu nível subir da noite pro dia. O que Don L, Galo e companhia fizeram nesse trabalho de quase 10 anos atrás ainda bate na maioria dos trabalhos lançados em 2016. E de lá pra cá o nordeste não parou, pelo contrário, só aumentou a quantidade de artistas singulares e talentosos.

A bombástica faixa “Sulícidio“, de Baco e Diomedes Chinaski, veio com a missão de chamar a atenção para a cena de alto nível que acontece no nordeste mas grande parte do publico ignora. A repercussão dela vem sendo grande, e mostrou que o público (e rappers) do eixo SP/RJ estão abertos a receberem a arte do hip-hop nordestino — salvo exceções.

Agora, esta matéria tem o intuito de mostrar para o público alguns dos trabalhos que vem sendo feitos no Nordeste com a mesma qualidade desses trampos que falei, onde a lírica trata de assuntos relevantes e a qualidade da levada sempre nas alturas — todos os sons são lançamentos recentes — se liga:

Mobb e Rafael Perreira em “Pinturas Rupestres”

https://www.youtube.com/watch?v=kzSYbsHIJKs

Mobb integra o DDH junto com Baco, rapper da Bahia, chegou nessa junto a Rafael Perreira falando sobre a cultura do pixo com um vocabulário incrível. A produção é de Nagô.

Beirando Teto em ” As Pineais Que Não Descansam”

Beirando Teto é a prova de que o verdadeiro underground não é mal feito. Davi é o único integrante do grupo em atividade no momento, produtor de mão cheia, consegue levar toda sua bagagem intelectual para suas letras que encaixam perfeitamente com o “beat doente” que ele mesmo produz.

Rapadura e O Rappa em “Reza Vela/Nordeste me Veste”

Sem dúvida uma das parcerias mais icônicas do rap brasileiro. O Rappa é considerado um das melhores bandas do planeta, e RAPadura chegou com sua linda poesia declarada num speedflow nos lembrando que “Se no Nordeste não tem grupo bom. Não tem em lugar nenhum”.

Cíntia Savoli em “Caixa de Pandora”

Lançamento mais recente da lista, em “Caixa de Pandora”, lançado pelo RAPBOX nesta segunda (5 de setembro), Cíntia mostra que tem um vocabulário rico e uma visão totalmente fora da caixa.

 Avicena em “Recado a Babel”

Com uma métrica fabulosa o rapper sergipano, Avicena, também integrante do grupo Alquimia Solar, mostra que é formador de opinião, onde aborda assuntos polêmicos e faz críticas inteligentes à todos que se permitirem entrar na atmosfera do som.

Vandal em “Bala e Fogo”

Trap proibidão vindo direto de Salvador. “Bala e Fogo” é faixa da mixtape “TIPOLAZVEGAZH MIXTAPEH” do rapper Vandal, é hit nas vielas da capital baiana, quando toca show a energia contagia geral e, de quebra, ganhou esse fã vídeo acima.

Chave Mestra em “Música e Crime”

O som é parte do último lançamento do grupo pernambucano Chave Mestra, o EP “Coração no Gelo”. Assim como todo o EP, essa música tem um ritmo ideal, te leva do início ao fim enquanto os rappers fazem um paralelo entre a música ou o crime.

Maeed, Mentor e Rakavi em “Contrapeso”

https://www.youtube.com/watch?v=Alrw_It4jtk

Vai tombar geral, inclusive o Temer“. A união de 3 nomes fortes do rap de Arajcu (SE) faz da música um trap que literalmente faz o contrapeso com as mazelas que estamos enfrentando no Brasil, é pesadona.

NSC em “Maceio”

Formado por Alex, Carol MC e Dj MV, o grupo NCS representa o estado de Alagoas e possui números que fazem frente a grandes lançamentos do sudoeste, “Maceio”, por exemplo, soma mais de 500 mil views, a música fala sobre o amor que sentem pela capital alagoana.

Sem Peneira Pra Suco Sujo em “Documento Sonoro”

Sem Peneira Pra Suco Sujo é de Recife e faz um som altamente trabalhado na parte lírica. Em “Documento Sonoro”, o rapper Anemico mostra que sua mente está bem hidratada ao relembrar as maiores relíquias da música brasileira em cima de uma instrumental que remete à era de ouro da música.

Côro MC em “Real”

Das quebradas de Fortaleza pras quebradas do mundo, Coro Mc é um forte represente da linha melódica no Nordeste. Também produtor, Coro fala sobre sua trajetória neste último lançamento e clama: “Seja Real”, enquanto o vídeo passeia entre a favela e a praia.

Hebert Lost e Diomedes Chinaski em “Fenix cCc”

Nesse trap obscuro, Hebert Lost se junta a Diomedes e falam das ruas de Olinda e citam alguns amigos que vivm nesse habitat.

Lívia Cruz em “Eu Tava Lá”

Apesar de morar em SP, Lívia Cruz honra seu sangue pernambucano através de seu rap. A mana tem estrada, só digo isso: Mixatape Rotação 33 do DJ Kl Jay. Em “Eu Tava Lá”, Lívia dispara contra a misoginia da cena, o som é uma resposta a “Quem Tava Lá”, do Costa Gold.

DDH e Dark em “Solitária”

https://www.youtube.com/watch?v=KiLZ42XYK4Y

Com uma lírica absurda e um tom, digamos, ‘macabro’, DDH e Dark representam também o rap baiano nesse boombap único, é os rappers solitária, e ironicamente, “que parada hilária”.

Nego Gallo em “Missão”

De rolê na madru, tô onde os irmão tão, junta os sangue bom e sobe o volume do som“, esse é o ritmo de “Missão”, faixa ideal pra estralar nos bailes ou alto na rua na sua comemoração. O som faz parte da mix “Carlim Voltou”, um preludio do novo trampo solo do Gallo após o Costa a Costa, que deve chegar já no próximo mês.

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Muitos dos sons citados estão disponíveis para download em nosso acervo, só chegar lá. E fique ligado no rap nordestino, lhe garanto que a surpresa é sempre positiva.

OBS: Muitos rappers e grupos com lançamentos recentes ficaram de fora da lista, inclusive alguns estados do nordeste não foram representados. Não dá pra reunirmos todos em uma só publicação (vários também não chegam até nós) — talvez uma parte dois surja em breve.