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Kodak Ninja & Urso em Mandarim retorna com mais uma mixtape de nome gigante, ‘Lucky Strike: Com o Coração Nas Mãos, o Chão Partido’

Kodak Ninja & Urso em Mandarim está de volta com a mixtape “Lucky Strike: Com o Coração Nas Mãos, o Chão Partido“, sim, o nome é isso tudo mesmo, bem típico do grupo mais distópico e underground do rap brasileiro.

Esse foi mais um trabalho do grupo catarinense, que partiu de uma ideia inicial de ser um EP curto, de no máximo três faixas. Para isso, Beli Remour produziu dez instrumentais, para que Fraj escolhesse as três que o agradasse mais, porém, ele escolheu sete beats e disse que iria fazer sete músicas.

Então, ambos se reuniram para a criação do EP, no meio das gravações, duas das sete instrumentais não casaram bem e o resultado final não foi como o esperado, então Beli teve que fazer de improviso e em cima da hora, mais duas instrumentais. Todo esse processo ocorreu em apenas sete dias, uma música por dia.

Todos os vídeos foram gravados usando a celular do próprio Beli, que além de fazer a captação, também realizou a edição do vídeo. A captação de imagem foi focada em mostrar o cotidiano dos artistas, nas coisas simples, na simplicidade do dia-a-dia, em detalhes frívolos e que passam desapercebidos em sua grande maioria.

A mixtape “Lucky Strike”, é uma oposição ao melhor trabalho já realizado por Kodak Ninja e por Urso em Mandarim, que foi a mixtape “Smoking Prata“, esse sem dúvidas foi o trabalho mais genial e impactante lançado pelo duo catarinense, além do fato de ter uma abordagem um tanto quanto rara dentro do rap nacional, principalmente pelo fato de ter uma faixa com mais de 11 minutos, outra música de mais de 7 minutos e que se chama “Boceta Olímpica”, onde o nome não é o que mais surpreende e sim a qualidade sonora, além de inúmeros outros fatores.

A mixtape “Lucky Strike”, não goza da mesma densidade e preenchimento excessivo pique Kanye, da qual “Smoking Prata” foi concebida. Esse é um trabalho que vai direto ao ponto, não se envolve em emaranhados de instrumentais e vozes distorcidas, é um trabalho com um resultado muito limpo. O encarte da mixtape foi tirada na Rua Velha, os beats foram projetados para soarem pesados, porém com uma pegada bem clean, sempre utilizando de uma escala menor, já que essa é a vibe característica do duo.

Fraj continuou mandando rimas de amor, por que aparentemente ainda havia algo engasgado sobre o assunto e as músicas anteriores não haviam sido suficientes para eliminar toda essa tensão sobre o assunto. As faixas que mais se destacam na mixtape, é a faixa 3 “Com o Coração Nas Mãos, o Chão Partido” e a faixa 7, última da mixtape, “Em Cada Pétala Uma Ferida“.

A faixa 3 te leva para um pensamento introspectivo, esse momento acontece quando o vídeo exibe imagens de flores vermelhas e em um detalhe bem delicado, abelhas/moscas/mosquitos permeiam o local, aparentemente tranquilo e sossegado e é assim que as rimas surgem em um primeiro momento ao ouvinte, de forma bem reflexiva. Até mesmo no momento onde a música ganha uma determinada agressividade, ela continua sendo e contendo um teor e destaque mais lírico do que instrumental.

Na última faixa, os dois estão jogando vídeo game no vídeo e a instrumental já começa com um ar misterioso, que se encerra no momento que o Fraj ataca agressivamente o beat e diferente da faixa 3, nessa, a agressividade se torna o ponto principal da música. Ouça a nova mixtape do duo: