Imperador Sem Teto é o personagem principal de uma tragicomédia líquida que acontece tanto na realidade-virtual quanto na realidade-realidade, se tornando uma obra multimídia: Literatura, música, performance, dança, cinema, poesia e teatro compondo uma obra maior, uma espécie de acontecimento. Sua criação se deve à junção de onze artistas das diferentes áreas que, juntos, sustentam o universo onde a trama se desdobra.
A idealização e a direção são assinadas por Igor Kierke, compositor das letras que inspiraram a trama e o espetáculo. No palco, os artistas refletem e fazem refletir o embate das civilizações, na sua beleza e no seu horror. Na tela, este universo se desdobra para acontecer nas duas realidades.
A Música Marginal Brasileira é um movimento que trata de enaltecer e mesclar, exclusivamente, gêneros musicais originados em periferias ao redor do mundo. Foi criado pelo acaso, nomeado por Son1 Diz e teve seu manifesto escrito por Igor Kierke.
Ao que parece, é um movimento aberto para todos que desejam somar e que estão comprometidos não só em afetar, mas também em gerar e nutrir. Em resumo, a Música Marginal Brasileira é arroz, feijão e mistura, confira aqui.
Com isso, Imperador Sem Teto se torna um embaixador da MMBR, passando pelo tango, carimbó, blues e outros – sempre permeado pelo Rap, que é o maior representante da cultura periférica.
Em abril de 2017 o Imperador começou a fazer seus experimentos com cinco artistas, numa espécie de performance musical que foi apresentada como laboratório. Em novembro de 2017 estreou seu espetáculo em Curitiba, com oito artistas em cena, em uma temporada de sucesso. E agora lança seu primeiro videoclipe, “Prosa“.
As intenções da música e do videoclipe são claras: o clipe não só reforça o assunto da letra como abraça outros assuntos sociais, urgentemente necessários – e a melhor parte: naturaliza o que normalmente é rejeitado. É um papo reto, um basta, uma sugestão. Inspirado nos anos 90, na favela, no churrasco, no Samba Fundo de Quintal, no Funk Carioca, no Ragga, em Um Maluco no Pedaço e até no Michael Jackson, o clipe é cativante à primeira vista e vem recheado de pequenas surpresas para quem assistir inúmeras vezes, veja só!