O rapper Febem lançou nesta quinta-feira (14) o EP “Prata”, segundo trabalho solo, pelo selo CEIA Ent. De melodia leve, o álbum possui uma atmosfera de vitória; de conquista. É composto por sete faixas que falam de conforto, fé, amor, luta, aprendizado, imposição e paz. Liz, filha do rapper, é destaque ao participar da primeira música, “Mundo”.
O nome “Prata” foi dado com o intuito de atribuir o conceito de conforto ao EP. Para Febem, o significado de conforto é se sentir feliz onde estiver: “Na guerra pelo primeiro lugar fico contente onde estou. Pessoas chegam a se matar para estar no pódio e eu prefiro aquele ditado ‘não tenho tudo, mas amo tudo que tenho’”, diz.
As composições são, em sua maioria, de Febem. A exceção é a música “Jorge”, última do álbum, gravado por Jorge Chicon, vocalista da banda Bullet Bane. No quesito sonoro, o novo trabalho possui beats com climas modernos, mas com detalhes tradicionais.
“Para mim este EP significa vitória. Sou o velho Febem, do Zero Real Marginal, mas numa versão atualizada”, explica o rapper.
“Prata” levou cerca de quatro meses para ser finalizado, e teve Isaia Rashad, Vince Staples e Schoolboy como influências, uma vez que Febem ouviu bastante essas artistas na fase de concepção. Foi gravado, mixado e masterizado no Flap C4 pelo Cesar Pierri (aka Cesrv); e as batidas foram produzidas por, além de Cesrv, DJ Murillo, Go, Grou, Alive Beats Sats e Nnay.
Após alguns meses do lançamento do aclamado EP “Elevador” no final do ano passado – tendo alcançado a 30ª posição em nossa lista de 60 melhores discos de rap de 2016 e, em 2017, um ótimo grimme em parceria com Vandal, “Pega a Visão” – o integrante da CEIA ENT. Febem a.k.a Febendrick Lamar traz até nós seu mais novo trabalho, o EP “Prata“.
Abusando dos graves e com masterizações bem trabalhadas, Febem chega com um a roupagem diferente em seu novo trabalho. Em conversa com o rapper, este me disse que a diferença básica entre Prata e seu predecessor é que o primeiro é mais depressivo, já este é bem mais imposição, com beats mais carregados, passando até mesmo por um belo trap funk na faixa Ímpar. Rosas traz uma aura mais pessoal, com uma virada de beat esperta alá Kendrick Lamar. A única participação do disco é da própria filha de Febem, Liz, logo na primeira faixa, Mundo.
