Sempre que Lady Laay lança um som, uma coisa é certa: vem pedrada por aí! “Fora Temer“, o novo som da pernambucana, com participação de Mari Periférica, traz rimas pesadas que falam sobre a realidade de nosso país e todos os problemas, principalmente criados pela política, que vivemos atualmente.
Com rimas cheias de indignação que fogem dos clichês e não trazem apenas reclamações, a rapper explica em entrevista ao RND que conseguiu alcançar seu objetivo com esse novo trabalho: “Acreditamos que o hip-hop por ser essencialmente um movimento cultural combativo tem por dever se posicionar artisticamente diante da conjuntura política que traz diversos retrocessos que impactam a população como um todo, mas principalmente a periferia”.
De acordo com Mari Periféria, quando Laay mostrou “Fora Temer, a ideia das duas era fazer um som que, além de protesto, impactasse: “Que não fosse só mais um som reclamando, e sim que relatasse de forma mais enérgica a situação política do país, pra que quem ainda não compreendeu a gravidade entenda”.
Além de parceiras de trabalho há algum tempo, Laay e Mari são amigas e compartilham da mesma visão artística e política, assim, essa parceria não poderia dar errado.
Por se tratar de um tema tão polêmico, as duas revelam que encontraram muita dificuldade para lançar o novo trabalho, afinal, apesar da política ser um assunto que está em alta nos últimos tempos, muitos ainda temem opinar. Mas, para Laay e Mari, a necessidade de falar sobre a questão não as permitiu ficar paralisadas: “Quando se trata de som com um tema mais despojado (ou até mesmo fútil) e/ou beat mais dançante, a repercussão é incomparavelmente maior. Então, o objetivo do som é tentar despertar também nessas pessoas a ira necessária pra compreender que se não nos voltarmos contra isto, se não reagirmos, coisas muito piores poderão vir, e seremos os principais atingidos”.
Assista ao clipe:
[ytp_video source=”kqT5WU8yccY”]
Trecho da Música
“Golpe, mas não foi de sorte
Foi rasteira das fortes
Ai deles se a massa saca o poder em seu porte
Porque reforma assim, feita dessa forma, só deforma
Não é reforma é calote!”