Criolo é conhecido por sua sensibilidade com o próximo e abertura pra debater os mais variados temas. Além de fazer shows em París com Tereza Cristina e música com Martinho da Vila, recentemente, rapper tem estado presente quando o assunto é causas sociais, como seu apoio aos indígenas da amazonas contra a construção de uma hidrelétrica ou o mais recente apoio do mc às ocupações estudantis pelo Brasil.
É louvável ver um rapper tomando posição e fazendo crítica dessa forma (deveria acontecer mais vezes com mais rappers). E agora, mais uma vez, Criolo nos lembra que mais uma tragédia brasileira (feita pelas mãos da ponta branca da piramide social) está passando despercebida — a própria ONU disse que a resposta da empresa para a tragédia foi insuficiente: “não correspondem à dimensão do desastre e às consequências socioambientais, econômicas e de saúde“.
No dia 5 de novembro do ano passado, a barragem de Mariana (situada em MG e controlada pela Samarco, empresa do gigante grupo Vale), rompeu-se gerando um tsunami de lama que destruiu a cidade, a fauna e flora da região — danos incalculáveis.
Em um vídeo produzido em parceria com o Greempeace Brasil, o rapper Criolo recita versos inéditos de sua própria autoria que lembram o maior desastre ambiental do nosso País.
A sonorização do vídeo é de Daniel Ganjaman, edição de imagem de Fábio Nascimento e realização de Greenpeace e Oloko Records.
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Naquela barragem da mente se escondia um perigo.
O que olhos não veem, o coração se afunda no lixo.
Mente podre que esconde o sumiço
Do amor mais puro do mundo
Morre gente, morre planta, morre bicho
Dentro de mim, corria um rio
Um tanto verdade e um outro tanto fingido
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