O Brasil é uma fábrica de memes, talvez até um meme ambulante. Nem mesmo Seth Rogen no ápice de sua criatividade canábica conseguiria elaborar uma sitcom que chegasse aos pés da nossa realidade cotidiana. No último dia 10, Ganti, que é membro do Cactu, lançou o clipe de Black God. O que tem de engraçado ou meme nisso? Nada! É um som forte que mescla diversos instrumentos no beat, com ótimos versos exaltando o negro e auto afirmando o autor.
Mas a sessão de comentários do Youtube não perdoa, pode até decepcionar, mas perdoar nunca. Em meio a muita gente exaltando a obra, contando sobre a sensação de poder que passou, uma estrela do mundo moderno se destaca: Um cidadão que valorizou a música mas foi contra a ideologia imposta pelo som, uma ideologia de esquerda por exaltar o negro, que supostamente tirou grande parte da qualidade da música, que com exceção do refrão (“Preto, preto: deus do rock; Preto, preto: black god) ideológico ainda é bom.
O rap se encontra infestado de sem noção que não compreende a história e ideologia da cultura. Mas isso é explicado melhor pelo nosso jovem aprendiz na excelente matéria recente. O texto que você está lendo, em teoria, é uma nota de lançamento.
Com produção caracteristicamente recheada de guitarras e graves que surram, o beat é de Alã. O clipe foi editado por Gábe e filmado por Japa. Foi lançado pelo conjunto Cactu, onde a união de talentos vem fazendo do próprio canal um centro de conteúdo. Na sequência deste clipe, começaram a lançar as próprias entrevistas de seus integrantes, na série chamada “#TAVIVENDODERAP?“, saindo da caixa de rap.