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Conheça Diegues MC e sua nova música ‘Escolhi lutar’, inspirada na história de superação de um menino periférico que se tornou o melhor do mundo naquilo que se propôs a fazer

Entre batidas de Boombap, a trajetória da vida do lutador de Jiu-Jítsu Erberth Santos, incorporou ritmo e virou canção na voz de Diegues e Ploown na gravadora Comboio Records com o single intitulado ”Escolhi Lutar”, um trabalho que trouxe temas relevantes, expondo a importância em difundir histórias de superação, progresso e êxito das minorias, um convite cheio de responsa mas, que não deixou dúvidas ao Mc na hora de compor a música e cumprir o desafio.

Em meio a um inferno particular que transitou desde roubo e prisão, a história do atleta Erberth Santos ganhou particularidade entre sensações e sentimentos, que foram provocados por inúmeros acontecimentos ao longo de sua vida, onde a superação, disciplina e força de vontade, se tornaram qualidades específicas de um vencedor que alcançou sua meta. Os versos do rapper acompanham uma ordem cronológica, onde relata uma trama que está longe de acabar e diz:

“Ainda é só o começo” é a expressão que finaliza o enredo dessa obra, que vai desde um menino sendo preso e encarando dificuldades da vida com pouca idade até a conquista de um título mundial consagrando um sonho realizado’’.

Da decadência ao topo do mundo, a faixa ‘’Escolhi lutar’’, relata uma trajetória entre dois extremos e nos instiga a ouvir e conhecer um pouco mais sobre a vida do lutador, um som que vem sendo aguardado a algum tempo pelo público envolvido no universo do esporte e promete fazer barulho.

O Single foi lançando nessa quinta-feira (22), com produção executiva da gravadora Comboio Records, junto com o videoclipe e o som já está disponível em todas as plataformas digitais.

Bom, em meio a essa contação de historia, eu tive a curiosidade de conhecer quem a estava reescrevendo, então troquei algumas ideias sobre: Sons, projetos, inspirações e logo abaixo vocês podem conferir um pouco da caminhada e os corres de Diegues Mc.

1. Bom, primeiro eu gostaria de saber qual a tua relação com o lutador Erbeth Santos, com o esporte, se existe algo relacionado, e o que te levou a escrever  essa homenagem?

A gente criou amizade depois do projeto desse som. A música está pronta há um ano e de lá pra cá fomos trabalhando e desenvolvendo essa amizade até que chegasse o momento de lançar.  Eu não pratico jiu jítsu, o que me motivou a aceitar o convite pra fazer o som foi a história de superação dele que conseguiu mudar por completo o cenário do qual ele se encontrava na vida. Isso me levou a escrever a música, além da questão profissional tem tudo a ver com meu propósito de vida.

 

2. A música  conta sobre a história de vida do lutador mas, qual a tua verdadeira história?                   Quem é Diegues Mc?

Eu sou um muleque criado na Zona Noroeste de Santos, quebrada afastada na Baixada Santista com um misto de gueto é lugar interiorano. Vim com 15 anos pra Zona Sul de Sampa, já fazia Rap em Santos mas não passei de ensaios com a banda que eu tinha junto com amigos de escola. Quando cheguei em São Paulo tudo começou a fluir mais rápido e comecei realmente a por em prática meu sonho.

Tive ao meu lado outra história de superação que foi da minha mãe, ela não aceitou as condições que a gente se encontrava e decidiu virar o jogo. É a pessoa que eu conheço que mais trabalha na vida e meu maior ídolo e fonte de inspiração. Minha história, naturalmente, é extremamente entrelaçada com a de minha mãe, nossa vida melhorou ao longo do tempo em Sp, saímos de uma situação precária pra uma situação um pouco mais estável e isso pra nos já é uma vitória, me sinto na obrigação de dar continuidade a isso, levar essa possibilidade de mudança e reinvenção pra mente e o coração das pessoas. Eu sou o cara que acredita que música pode mudar vidas. Essa frase me resume no momento.

 

3. Quais são tuas vertentes musicais e o que te levou a fazer rap?

O Rap esteve presente na minha vida desde os 8 anos, pelo que me lembro. A minha casa tinha o samba como trilha musical, o que me tornou uma amante desse gênero. Mas por tudo que me cercava e me cerca até hoje foi no Rap que eu encontrei identificação por completo, no Rap eu ouvia o dialeto, a vida e os conflitos que eu vivia no meu dia a dia. Isso trouxe um “despertar” pra mim muito cedo.

Fui bolsista numa escola particular em Santos onde tinha aula de literatura, comecei a fazer poesias e depois pra começar a fazer Rap foi um pulo rs. Não tenho amarras na música, o Rap sempre estará presente mas eu viajo por varios estilos musicais como reggae, samba, jazz, soul, funk e muito mais.Não quero rótulos e muito menos ser previsível, quero que a cada lançamento as pessoas não saibam o que esperar.

4.  Você já tem outros trabalhos lançados. Quem ou quais são tuas reais inspirações para canetar?

Tenho 4 singles na rua! E agora vem uma enxurrada de lançamentos junto com a Comboio Records. Eu canto a vida. Aprendi a compor com um tom extremamente protestante e isso eu vou levar pra vida toda. Mas aprendi e desenvolvi outras formas de escrever e outros assuntos, percebi que tem momentos que estamos revoltados, apaixonados, desiludidos, esperançosos,tem momentos que estamos ensinando e em outros estamos aprendendo, enfim… Cada momento desses rende um monte de música!

Eu canto a vida e a vida tem varias vertentes.

5. Sobre futuro, quais os teu planos? O que esperar de novos trabalhos?

Esperem um ser inquieto. Esperem um artista que se reinventa (ou busca se reinventar) a cada faixa. Estamos preparando um som por semana no começo de 2019!  Papo de entrar na cena com os dois pés na porta e junto à isso no próximo ano vamos lançar meu disco que estou produzindo a bastante tempo.  Essa era a maior crítica das pessoas em relação ao meu trampo, a falta de lançamentos. Algo que foi solucionado com a chegada da Comboio Records na minha vida e agora o que não vai faltar são lançamentos. Nunca vou fugir da real luta pelos nossos, pelos diretos dos nossos e por nosso lazer e entretenimento também! Sou mais um braço da nossa cultura e espero que meu som eleve almas, toque corações e abra mentes através do poder da música.