Nos dias 3 e 4 de setembro Brasília foi, além da capital do nosso país, a capital do HIP HOP, literalmente. Como uma pessoa que vive o movimento desde moleque, posso falar que foi um dos melhores fins de semana da minha vida! Vou relatar para vocês de maneira imparcial.
Como todo evento de grande porte, aconteceram imprevistos, atrasos e cancelamentos. MV Bill que estava em pauta cancelou sua apresentação. Os shows começaram com uma hora e meia de atraso e ocorreram mudanças nos horários das apresentação dos artistas. Na semana que antecedia o festival começou uma discussão na página oficial do evento, sobre a proibição da entrada de alguns objetos como: correntes, skate e até mochilas. Mas acabaram liberando a entrada das mochilas. Todavia, tinha criança de menos de 6 anos acompanhadas dos pais dentro do festival, muitas inclusive.
Black Alien no Palco:
O Yo!Music conseguiu reunir mais de 20 nomes de peso do Rap nacional, campeões mundiais de skate, os melhores DJ’s, graffiteiros e bboys. Com decoração temática que tinha tudo a ver com a proposta do Festival. No Cage Makossa, os sets dos DJ’s Chokolaty, LM, Papatinho, CIA, Dj A e Jamaika fizeram geral dançar das 18h até as 3h da manhã. No Palco Duelos teve batalhas de break, de rima e apresentações de grupos de Rap do DF, como o Movni. O bboy vencedor das batalhas individuais foi o Dhalsim, as batalhas de crew ficou com a DNA, e a batalha de rima quem levou foi Clara Lima — assista nosso Rima Dela com a mana.
RZO no palco:
No Buzu Stage, o mestre de cerimônias foi Sombra SNJ, que apresentou shows de Negra Li, Cacife Clandestino, Viela 17, Família Madá, Ret, Cone Crew, Realidade Cruel, Dexter e um Mix da Baguá com Edi Rock, Gregory, Calado, Luiza Chao. Esse espaço tinham vários ônibus sendo grafitados na hora, no meio dos shows.
Flora Matos no palco:
No Yo! Stage o mestre de cerimônias foi Thaíde. Com uma rampa de skate no fundo do palco, foi Black Alien que iniciou os trabalhos por lá, com um mano traduzindo as letras em libras. Guindart 121, Flora Matos, All-Star Brasil, Costa gold se apresentaram lá também. O mix Isso é Baguá nesse palco teve NDEE Naldinho, Don Pixote, DBS, Detentos do Rap. Um dos vários destaques do festival sem duvida foi a volta de X Câmbio Negro aos palcos ao lado de GOG! Depois de cantar “Brasil com P” os gritos de #ForaTemer viraram um coral.
Marechal no palco:
Marechal cantou um som novo, que virá com participação de Martinália. Marecha pediu, antes de cantar a música, que ninguém gravasse ou filmasse. RZO foi pesadão com seus clássicos. Oriente, que entrou já na madrugada, conseguiu reanimar o publico que já estava meio que cansado da maratona de shows. Nissin fez um freestyle de uns 7 minutos e Oriente também homenageou Charlie Brown Jr.
Oriente no palco:
Já eram 5 horas da manhã quando Racionais subiu ao palco, já começaram com “Quanto Vale o Show“. Foi épico, todo o evento foi épico. Algo para elevar o nível e nunca mais ninguém ouvir aquela máxima de “O que é preciso para o rap ser visto como música?”. Quando é feito por nós mesmo fica legítimo, como foi legítimo. Aproveito para registrar meu agradecimento a todos os artistas com quem conversei e me falaram da importância da mídia do Hip Hop no Brasil, que é uma mídia independente. Muito obrigado!
Racionais no palco:
Outras matérias sobre esse rolê devem sair em breve.