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Os clipes com o maior impacto social

Os audiovisuais que marcaram pelo seu forte impacto social. Alguns até sofreram censura por este feito.

Nos últimos meses os EUA tem vivido uma série de tumultos em razão dos assassinatos de negros por policias brancos. Referente a isso, T.I. lançou o clipe “Warzone“, que deu muito o que falar devido ao conteúdo do vídeo.

Conversando com um parceiro meu, sobre esse clipe do T.I., começamos a relembrar dos clipes do Rap nacional que tiveram o mesmo impacto, que de alguma forma chocaram a sociedade, que cumpriram com o real papel do Rap que é de informar, de incomodar…

Vou começar citando um que nem é de um grupo de Rap, mas é uma obra de arte audiovisual: “Minha Alma” d’O Rappa, de 1999. Esse vídeo evidencia o racismo e a brutalidade da polícia. Ganhou o MTV Award Video Music Brasil – Escolha da Audiência.

Toda vez que ouço algum imbecil dizendo que negro se vitimiza demais, que essa fita de reparação não é preciso, só lembro do clipe do Inquérito, “Eu só peço a Deus“.

Quando Emicida lançou “Boa Esperança” ano passado, muita gente chamou de profecia, de presságio. Apesar de ter a mesma linha de raciocínio de “G.O.M.D.” do J.Cole, esse trampo do Emicida é daqueles que até quem não curte Rap acha louco.

Toda música do Eduardo é impactante, mas o vídeo clipe de “Depósito dos Rejeitados” se sobressai pelo trabalho de edição e a riqueza de detalhes. Sem comentar o molequinho que é o personagem principal da história, representou na atuação!

Você lembra do massacre do Carandiru em 1992? Então, Racionais MC’s relatou essa fita perfeitamente no clipe de “Diário de um detento“, antes do filme Carandiru.

Deixei os censurados por último, “Isso aqui é uma guerra” do Facção Central e “Soldado do Morro” de MV Bill. Em 2000 acharam conveniente censurar esses dois vídeos, num país onde tem programa policial que mostra sangue às 16h da tarde. O primeiro mostra um assalto a uma agência bancária, no final um personagem morre e o outro é preso.

O outro tem traficantes reais, com armas reais. Acusados de apologia ao crime, Facção e Bill não fizeram nada além de mostrar o que a periferia sempre soube, e como disse o Eduardo num som do Facção: “…o playboy se borrou com a verdade no televisor“.

É isso, vou usar as palavras do Marechal aqui, “que volte a época que os mc’s eram mais politizados…“. Porque acredito que se a gente continuar com essas paradas de diss, obras como essas vão ser cada vez mais raras. Enquanto a gente fica se digladiando as coias que realmente são importantes para a evolução da nossa música são esquecidas.