Depois de um tempo sem novidades, Baco Exu do Blues surpreendeu os fãs com o lançamento de “En Tu Mira“, faixa que faz parte de “ESÚ“, seu álbum de estreia, com produção do Nansy Silvvz, que chegou om um beat pesadíssimo.
Com o videoclipe produzido dirigido por Rafael Souza e Iury Taillan, que deixa claro com suas imagens o que é uma mente sofrendo constante pressão de todos os lados, o novo single mostra que o disco de estreia que vem por aí, certamente, vai dar o que falar.
Depois do marco que foi “Sulicídio“, Baco explica na descrição do vídeo de “En Tu Mira” que está em busca de uma constante revolução, mesmo que isso não seja algo fácil.
— O ano passado não foi tão fácil de acontecer, envolveu pessoas, muita inspiração, trabalho e descontentamento. Pra algumas pessoas, só não envolveu oportunidade. Mas se elas ainda assim conseguiram alguma mudança, como eu poderia chamar de outra coisa, senão revolução? Depois disso, também não foi tão fácil. Não só pra produção antes centralizada de rap, que agora tinha que competir com todo um país. Não foi tão fácil, principalmente, pra quem estava por trás daquele grito que todo mundo ouviu. Eu falo de tudo que foi o ano passado, toda transformação pela qual o rap passou, falo de ano lírico. Mas não falo de provar quem é o melhor. Falo de cobrança, de pressão, de ódio, de um público obsessivo e de alguém por trás da fama. E falo também de depressão. De pessoas. Das pequenas batalhas, pequenas revoluções que são diárias, mas são importantes: sem elas as maiores não acontecem. Revoluções que se não vencidas matam artistas, transformam heróis em vilões.
Muito mais que um som para introduzir seu novo disco, “En Tu Mira” é sobre reflexão e (por que não?) confissão, afinal não trata apenas do cenário do rap, mas também de obrigações familiares e até mesmo demônios internos. Mas isso você precisa ver para entender, então, dá o play:
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Trecho da Música
“Baco cadê o ano lírico?
E o cd do ano?
Eles tão me cobrando
Eu to trabalhando
(…)
Isso é um pedido de socorro…
Você está aplaudindo
Eu to me matando, porra!”
