Esse último som do Emicida, “AmarElo“, eu ouvi três vezes seguida e cada vez mais parece uma pintura… Uma pintura não difícil de entender ou digerir, mas densa nas cores, na diversidade de ideias que forma… Em casa eu não escuto Pabllo Vittar por não ouvir muito pop.
Mas o fato do Emicida ter ido contra a maré e pego a voz dela (Pabllo) para algo tão único assim, me faz ficar curioso e feliz de até onde a música dela pode alcançar. O refrão gruda em sua cabeça, não por ser algo fácil de digerir mas pelas linhas serem tão densas.
O Emicida tem uma capacidade de se comunicar através da sua música de uma forma que poucos conseguem, e fazer ela atingir pessoas mais distintas, dos mais variados pontos de vista e locais de origem e tudo mais, eu lembro que na eleição ele falava sobre não viver em bolhas e sempre ouvir o outro, independente se discorda ou não, e assim construir uma base pro diálogo.
É impressionante como a música dele constrói essa base, quebra e atinge gente de várias bolhas diferentes, as estourando, e por cinco minutos levando a uma união.
Eu tinha gostado para caralho de “Eminência Parda“, mas esse som novo foi o ponto que pensei… Okay, pode vir novo álbum, eu tô pronto e sei que serei surpreendido, e é o que quero.
Quando eu disse que essa música é uma pintura, eu fico imaginando e curioso de como vai ser a pintura completa que é o disco, esses singles são apenas sei lá, partes da Mona Lisa ou daquele quadro do são João Batista que sou fascinado pra cacete.
Eu sempre falo como a arte tem o poder de unir a gente, abrir nossa cabeça e até nos conectarmos vindos de origens e lugares diferentes. eu sou um maluco do interior do Paraná, a música conecta pessoas.