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A jornada incentiva de expedidor em “LOU FAI”

Talvez a localização geográfica respire na música mais do que percebe-se. Por exemplo, na pequena cidade de Imbé, localizada no litoral do Rio Grande do Sul, um barulho peculiar é feito e somado ao clima bucólico. Estamos falando do som de Lucas Bellator, em sua alcunha alcunha de expedidor. Adotando a low fidelity music (famigerado lo-fi) como carro chefe de seus lançamentos, o cantor, MC e produtor vem trazendo aulas e mais aulas de identidade própria e experimentação.

Após conceber uma trilogia de EP’s iniciada no ano passado, com “lunch beats” e “café flops“, e terminada meses atrás com “supper naits“, expedidor cada vez mais parte em sua busca de desconstrução musical. Influenciado pela música alternativa de Radiohead, Tame Impala e August Burns Red, o artista voltou-se ao lo-fi numa inspiração direta a produção de Madlib, resultando num som diferenciado e único. Está soma de fatores resultaram em seu último trabalho, o EP intitulado “LOU FAI“.

Disponibilizado no último dia 25 de junho, o trampo representa um novo passo estética na carreira de Lucas, mas também uma soma dos fatores que o direciona. Contando com participações de Cleiton e KOREAN WHITE TIGER, os 6 minutinhos de duração discorrem numa naturalidade sem tamanho, apesar de toda trip diferenciada e psicodélica. Explorando as mais diferentes vertentes do rap, expedidor expande seu universo criativo ao mesmo tempo que respeita a gênese de suas escolas.

Escrevendo, gravando e produzindo, Lucas é um exemplo do faça você mesmo. Uma das alternativas de uma visão contraditória ao mercado musical, utilizando os clichês que consolidam esta realidade. Mesmo com todos estes conceitos, “LOU FAI” possui sua simplicidade cativante e isso te prende, como aquele amigo diferentão da turma, mas que todas as vezes te surpreende.