“Ultimamente, tem sido o meu dia e o dia dos meus”, é assim que o rapper Coruja BC1 define o disco “No Dia dos Nosso” (NDDN), em entrevista ao canal RAP TV. No quadro Dissecação, ele detalhou seus sentimentos e o discurso que trouxe para o álbum.
O NDDN começou a ser produzido em 2015. Porém, ele conta que o trampo é bastante atual, como se as letras antigas soassem como profecias.
“Apesar de escrever há dois anos atrás, tem coisa que estou vivendo só agora. Eu achava que eu só podia cantar o que vivia e sentia, mas, agora, posso dizer coisas que quero viver.”
O No Dia dos Nossos foi um dos álbuns mais elogiados de 2017, circulando nas mais variadas de listas de “tops” do ano. Aliás, a cada faixa, Coruja provou que realmente há um ano lírico. Apesar da versatilidade dos instrumentais criados por Skeeter, o NDDN trafega sobre uma trilha de cinema – como define o próprio MC.
Quando eu comecei a construir o álbum tive a intenção de que soasse como um filme. Essa trilha foi construída do meu ódio à minha paz, da minha insanidade à minha lucidez. A partir da Escute-me o disco continua no discurso de guerra, mas pessoal.
Na entrevista, Coruja explica a construção de diversas faixas do disco. Em uma delas, a Jazz Records, ele cita diversos nomes da música negra, de J Cole a Rakim. Segundo ele, além de mostrar qual é seu horizonte traçado, a ideia é mostrar quais artistas moldaram sua personalidade.
Já em Outra Fase, Coruja critica os ditos “rap avançados”, com rimas ácidas e impecáveis.
Não é uma critica sem direção, é uma forma de trazer irmãos para pensar o que é ser avançado. O que faz a gente a frente do tempo? Com certeza, não é abordar temas já falados durante os anos 90. O que faz a gente avançado é apontar direções nunca feito antes.
Durante o papo de 29 minutos, ele também conta a história de Rafa, o fã que foi homenageado na faixa De Fã para Fã. Para saber mais sobre o disco, assista a entrevista completa abaixo:
