Depois de “Benguela” e “Favela High Tech”, agora o rap de Du Efex é mais que mensagem. A track é uma oração. Antes que homenagem, uma prece. E com os fones nos ouvidos a gente não esquece como a rima aquece o peito e passa a visão. Contra o bote da serpente e às incertezas, a letra passa esperança e, em especial, o refrão, do Luiz Preto bate certo na cadência da repetição “bora lá, bora lá”.
“Saio e me benzo, a proteção peço”.
A composição e performance do Du Efex, se combina ao refrão do Luiz Preto que, ambos, sobre o beat do Sem Grana, ganham um registro enxuto e bem balanceado na gravação, mix e master do Kafofu Records. Du Efex ataca mais uma vez com seu flow bem marcado. Chegando nas redes com mais um single, este ano é “Proteção” que vem como um pedido de pai à sua fé, para que proteja sua cria. Um canto do rapper ao filho, Malcolm.
Segurem aí essa linha do baixo num beat black-box em que se pede a benção, naquele flow super característico do rap de São Paulo, apoiado num tema clean que, meio lounge, conforma a paisagem acústica da música. A redenção, o livramento, a crença, a conquista, a justiça são temas que atravessam a faixa.
“Se é tempo de seca, plantai pá dá fruto”.
Segundo a descrição do Luiz Preto, no liric vídeo, no Youtube:
“O terceiro single de Du Efex, chega em um momento sublime da vida do artista, a canção vem para celebrar o nascimento de seu filho Malcolm e seu primeiro mês de vida. A música que fará parte do álbum: Du Barraco pá Espaiá, previsto para o início de 2018, traz uma produção clássica, de um boom bap/Jazz muito bem idealizado pelo beatmaker de Carapicuíba, Sem Grana, e a composição leve e sutil que passeia por temas envolvendo sentimento, respeito, valor moral e fé. “Proteção” apresenta uma interpretação Introspectiva e convincente, mas, muito mais, demonstra um Du Efex mais maduro, consciente de seu papel como pai, amigo, esposo, e ser humano”.
Trecho da Música
“Sei por onde andei, pedi a benção / Espalha o amor nos coração / Do lado do bem além do perdão / Um abraço, que nem sincero de irmão / Pá quem vive sem, devolva a visão / Uns vem capataz, eu vim redenção”.