A 21º edição do quadro Acerca, do RAPTV, entrevistou Akira Presidente. O conteúdo foi disponibilizado no Youtube, na última quinta-feira, 10 de agosto. Entre diversos assuntos, o artista falou sobre a mudança da cena do Rap carioca e até sobre o seu desenvolvimento como músico. Durante o bate-papo, um dos assuntos mais abordados foi o seu último álbum, Fa7her, lançado em maio deste ano.
Sobre a obra, ele fez colocações objetivas e que falam sobre seu momento na vida, seja ele no lado profissional ou pessoal:
“O Fa7her é o mais próximo do que eu sou hoje, uma evolução do Akira”
“Eu consegui não me trair nas minhas convicções, mas consegui me sentir um MC melhor. Consegui me sentir um pai, um Fa7her. Algo como: “Isso dá dinheiro pra pagar aquilo que eu criei”. Esse é o meu game”.
Envolvido com a música desde cedo, também falou sobre os seus primeiros anos na cena que não foram, necessariamente, como rapper. De acordo com ele, boa parte de suas influências musicais veio de outros estilos que hoje fazem parte da construção da sua musicalidade. Afinal, além de curtir samba e pagode, ele chegou a cantar em bailes funk do Rio, entre os 13 e 16 anos. O Rap também já fazia parte do seu DNA, porém, na época, sentiu a falta de mais engajamento por parte do público, para que pudesse acontecer uma boa troca de conhecimento.
“Eu sentia essa falta de pessoas pra dividir ou pra ter mais conhecimento. Eu era muito fã de rap, mas eu era um cara muito sozinho. Era eu e meu irmão, a gente via coisas, olhava MTV, busca o que tinha em volta, mas não tinha muito com quem trocar essa ideia”.
Talvez poucos saibam, mas foi na vida acadêmica que ele encontrou alguns recursos que utiliza até hoje em suas composições. O músico cursou direito e trabalhou em um grande escritório de advocacia. A vivência, segundo ele, trouxe benefícios tanto para o trabalho na área, quanto para a vida de MC:
“Eu não era um super estudioso, mas, naquilo que eu estava trabalhando, eu sabia o que estava fazendo. Então ter esse lance de MC, do freestyle, de ter uma vida totalmente diferente de 90% da rapaziada que trabalhava comigo ali acrescentou muito”, comentou.
Na entrevista que dura 27 minutos, O Presidente também se manifestou sobre assuntos importantes como o começo da trajetória com o Pirâmide Perdida e desafios de trabalhar na criação de um dos principais selos de rap do país.
Ficou curioso? No vídeo abaixo você confere a entrevista na íntegra: