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Fique por dentro do que rolou no Prêmio Sabotage 2017

No oitavo andar da Câmara Municipal de São Paulo, na última terça feira (21), rolou mais uma edição do Prêmio Sabotage, que prestigia há três anos os manos e manas que estão fazendo a cena da cultura hip hop em todos os cantos de SP.

O prêmio, criado pela vereadora Juliana Cardoso é dividido em quatro categorias, Melhor DJ, Melhor Mestre de Cerimônia, Melhor B.Boy/B.Girl e Melhor Grafiteiro(a). Este ano, a comissão julgadora, que selecionou os melhores entre 90 os artistas inscritos, teve a participação de Gejo, Cris Dias, Dj Kurtis, Beto Diadema e Negotinho Rima, e os dois filhos do Sabotage, Tamires e Wanderson, todos representantes da periferia colorindo o Salão Nobre da Câmara.

O hino nacional tocou e oficializou o início da cerimônia da forma que a rua gosta, com gritos e vaias aos políticos da cena: “Fora Temer! Fora Dória!”. O cerimonialista Dj Pirata logo tomou a palavra e apresentou todos da mesa. Durante os discursos dos representantes, a fala de alguns se destacou. Entre eles, MC Negotinho, que soltou a ideia: “Se o Sabotage estivesse vivo, esse prêmio não existiria, então temos que prestigiar os que tão aqui, prestigiar o hip hop em vida”. Os aplausos e gritos fizeram vibrar os lustres do teto.

Já a filha do mestre Sabotage, Tamires, emocionou muitos ao contar sobre as lembranças de seu pai, morto de 2003 com 4 tiros: “Me lembro muito do meu pai em casa, lutando pelo rap”, mas logo afastou o microfone, com os olhos boiando em água. “Quero que todos que estão aqui não desistam. Se o Sabotage chegou onde chegou, se a Dina Di chegou onde chegou, é porque eles persistiram, sejam quem vocês é e nunca desistam!”, disse ela depois da fala de outros da comissão.

A grande vencedora na categoria de Melhor Grafiteiro(a), Riska, também escreveu questionamentos no ar, ao desabafar que não sabia ficava feliz ou triste com a vitória: “É uma contradição ganhar esse prêmio num momento que o prefeito da cidade está apagando nossos desenhos das paredes (…) Não sabemos hoje se pintamos ou se vamos presos. Eu agradeço muito, mas é uma contradição”.

Assim que a cerimônia acabou, foi o momento de matar a larica. Os convidados, ganhadores, participantes e representantes se juntaram no restaurante ao som dos Djs do rolê. A dança foi livre, inclusive para os filhos que acompanharam os pais e não conseguiram ficar parados ao som dos stretchs da mesa de som, contagiando todos em volta. Ao final do evento, o mic foi liberado para quem quisesse mandar um freestyle rápido, já que estava se aproximando das 22h e os equipamentos seriam desligados.

Confira a seguir os indicados aos prêmio, sendo o primeiro nome, os que ficaram em primeiro lugar:

Melhor DJ
DJ Erry-G
– Dj Simmone Lasdenas
– Dj Zipper

Melhor Mestre de Cerimônia
DMN
– Luana Hansen
– Odisseia das Flores

Melhor Grafiteiro(a)
Riska
– Toddy
– Mister Peu

Melhor B.Boy/ B.Girl
Ivo Alcântara
– Igor
– Darlita