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O novo clipe do Rafuagi é uma aula sobre escravidão no sul do Brasil

A música fala sobre o massacre dos porongos ocorrido durante a Revolução Farroupilha, quando houve a chacina de mais de 800 negros escravizados.

A música fala sobre o massacre dos porongos ocorrido durante a Revolução Farroupilha, quando houve a chacina de mais de 800 negros escravizados. A letra que tem participação na escrita do jornalista Manoel Soares, ainda conta com um trecho alterado do Hino do Rio Grande do Sul, onde os dizeres “povo que não tem virtude acaba por ser escravo” são modificados para “povo que não tem virtude acaba por escravizar“.

O grupo ainda produziu um mini doc que leva o mesmo nome do clipe e conta com a participação de vários líderes do movimento negro nacional: Leandro Karnal, José Euzébio Assumpção, Naiara Oliveira, Odete Diogo que também é mãe do Rafael (integrante do grupo), entre outros.

Imagem divulgação

Imagem divulgação

Por mais de um século nos omitiram a verdade. Transformaram assassinos em heróis. É com coragem que se reescreve a história. E não iremos nos calar! É pelos lanceiros negros traídos, assassinados na guerra farroupilha e também por cada irmão e irmã que continua morrendo por causa da cor da sua pele negra“, disse o grupo em nota de lançamento.

O beat, master e mix da “Manifesto Porongos” é do DJ Nixon, o roteiro é do próprio Rafa junto com Karen Lose e Thiago Köche que também é o diretor do clipe e do doc. As animações foram feitas por Marcelo Trindade e Maumau. Assista o clipe no topo.

Trecho da música
Povo que não tem virtude escravisa,
Manipula, humilha, não forma, se esquiva,
Da verdadeira história, que os tira da pole e da gloria,
Traidores, com nomes de rua vivendo até hoje com falsa memória