Conhecida por seus funks boladões sobre sexo, drogas e até história do Brasil, a Mc Carol — que quebrou tudo ao lado de sua xará Conka no Lollapalooza 2016 — chegou com um rap de primeira no single “Delação Premiada“, onde critica as ações desprezíveis da polícia contra negros, pobres e favelados.
Sob um trap cabuloso produzido por Leo Justi, Carol mantém o tom crítico de suas composições ao disparar jabs contra a violência policial na quebrada, colocando em suas letras o que vê no dia a dia. “É um funk proibidão, mas demos uma camuflada, porque eu não quero ser tachada como cantora de proibidão — quando policiais pegas esses funkeiros, agridem, levampreso, às vezes matam“, conta Carol em entrevista à Folha de São Paulo.
Em um trecho, Carol toca nas mortes de Amarildo (ajudante de pedreiro que, literalmente, a polícia deu um fim e seu corpo continua desaparecido até hoje) e o dançarino DG (morto pela polícia na comunidade de Pavão-Pavãozinho/RJ): “Cade o Amarildo? Ninguém vai esquecer / Vocês não solucionaram a morte do DG/ Afastamento da polícia é o único resultado/ Não existe justiça se o assassino ta fardado“, canta.
O nome da faixa faz uma alusão a diferença de tratamento com bandidos ricos que roubam milhões e pagam a pena, muitas vezes, na sua residência, com os bandidos pobres que as vezes não tem nem chance de serem julgados e acabam sendo assassinados a sangue frio pela polícia.
“Delação Premiada” integra o novo CD da Mc Carol, chamado “Bandida“, que ainda não tem data de lançamento — Em seu facebook, a mc afirmou que seu novo disco terá mais músicas na mesma vibe dessa, que você escuta agora:
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Trecho da música
Na televisão a verdade não importa
É negro favelado então tava de pistola
Na televisão a verdade não importa
É negro favelado então tava de pistola