FRAJ já apareceu algumas vezes aqui no RND, como quando lançou o seu primeiro single, o “Soulever”, ou quando participou do Rimanessência, ou no clipe Monet com Rincon Sapiência, entres outras situações de êxtase. Mas tudo isso para chegar aqui, no lançamento do disco “EKSTSS“, um álbum fora do eixo, com FRAJ mostrando na essência sua influência pelo Nação Zumbi, indo da lama ao êxtase.
O disco é uma mistura purificada, mas suja, de blues, eletrônico, jazz e rap. “EKSTSS é dividido em cores. Cada cor representa um atmosfera para viajar. A faixa derivada da cor traz isso, traz toda essa atmosfera em sua vértebra.” nos contou FRAJ.
Verde, Vermelho, Azul e Amarelo são algumas das milhares de ‘vibes’ e atmosferas das quais nos deparamos em todos os espaços e contextos possíveis. “A tristeza, a dor da perda, a paixão, a ressurreição, o amor doído, o amor quente, o amor romântico, a esperança, a liberdade. Quais são suas cores? Por onde tu navegas? O quadro é seu. Pinte como quiser.” lembrou.
Com 6 faixas, mais 4 interlúdios, o disco tem participação de Beli e Maydana, com músicas que te faz imergir pelas ondas das ideais, sendo levado pelas instrumentais cheias de misticismo e pscicodelia.
“EKSTSS” tem produção executiva de Beli Remour, o capa é Carolina Maennchen. Pra você ficar por dentro de parte desse universo, pedimos para FRAJ descrever cada música do disco. Para ouvir, confira abaixo.
[su_button url=”http://104.248.15.2.br/artistas/fraj-ekstss-album/” target=”blank” style=”3d” background=”#cf4141″ color=”#ffffff” size=”5″ wide=”yes” center=”yes” icon=”icon: arrow-circle-down”]Ouça/Baixe o disco “EKSTSS”[/su_button]
[su_spoiler title=”Elevação” style=”simple”]
A faixa é inspirada no sonho. No desenlaçar do impossível, onde o impossível para de ser intocável, onde o impossível sai do reino e do pedestal. Onde a realidade é ampliada ou rejeitada, mas onde não há muretas e nem grades. É onde chove no passado. É onde a realidade perde funcionário. O refrão é vocalizado por Maydana Fernandes, um anjo de talento infinito e voz de desabrochar de flor. A instrumental produz uma alteração de sentidos que o Beli Remour (produtor) parece que sonorizou diversas drogas (risos).[/su_spoiler]
[su_spoiler title=”Olhos de Veneza” style=”simple”]
Quando sentei pra compor essa música eu tava com o filme da minha vida atual (na época) na cabeça. Me via filmado. Eu era ator e telespectador. O diretor era uma mistura de cineastas que sou fã. Eu narrei tudo que eu sentia na época, desde os atos no meu apartamento até as angústias e os anseios. Vocalizado também por Maydana Fernandes, a qual deu toda a intensidade necessária pra faixa, que serve de trilha (ainda) para maioria dos meus dias de crise e de êxtase.[/su_spoiler]
[su_spoiler title=”Nuvens de Sangue” style=”simple”]eu escrevi as duas partes, se somadas o tempo que cada uma levou pra ser escrita, em 30 minutos. Gravei tudo em 20 min. A instrumental do Beli encaixou de maneira tão delicada que ainda digo que minha letra e o beat namoram. É a música preferida do Beli (risos). A poesia é escarrada, é minha vida em 32 linhas. Dedicada a um anjo que me deu muita luz e muito amor, os ingredientes que precisei para fazer meu papel nessa obra.[/su_spoiler]
[su_spoiler title=”Azul é a Cor Mais Quente” style=”simple”]talvez a faixa mais polêmica (dos últimos tempos do rap, envolvendo disses em diss-es). Com produção de Beli e Goss, mais o refrão aveludado feito por Maydana, a faixa trata de um romance, de amor romântico, dedicado e de enfrentamento dos olhares culposos e cheios de ódio. Minha posição sobre o tema fica clara na última parte da música. Acho um som necessário pra cena, pra mim e pro contexto atual do país.[/su_spoiler]
[su_spoiler title=”O Lobo da Rua Velha” style=”simple”]Em cima do beat mais louco, rítmico e performático de Beli (morremos de rir toda vez que ouvimos esse som), tentamos fazer algo que ousasse mais, que mexesse e chapasse geral. Caminhamos por entre a loucura e a sanidade. Trouxemos a noite pra música. E nessa noite vai ter sol.[/su_spoiler]
[su_spoiler title=”999″ style=”simple”]Pra início de conversa eu prefiro essa versão do que a do free verse (risos). A produção é assinada pelo autor dessa obra toda junto a mim, Beli Remour. Ácido e swingado, uma mistura de rock, rap e bounce, ‘’999’’ foi o som que mais intrigou a gente na hora de criar. Misturamos todas as ideias e no fim deu essa loucura. O baixo swingado, o solo de guitarra e a bateria alucinada de Beli quebraram todas as paredes que poderíamos ter. É um gole de ácido pelo ouvido.[/su_spoiler]
1 – Verde (Primeiro Ato)
2 – Elevação
3 – Vermelho (Segundo Ato)
4 – Olhos de Veneza
5 – Nuvens de Sangue
6 – Azul (Terceiro Ato)
7 – Azul é a Cor Mais Quente
8 – Amarelo (Ultimo Ato)
9 – O Lobo da Rua Velha
10 – 999
11 – Quais São Suas Cores
Agradecer ao anjo de luz que viveu comigo e me deu todos os aparatos para eu poder criar e viver tudo o que aconteceu nessa obra. E a Beli, o cara que exala arte e segura comigo a caneta para assinar o EP EKSTSS. – FRAJ