Com a expansão do Rap e o surgimento da internet, novos grupos ganharam força, e muitos rappers e artistas formadores de opinião, foram “presenteados” com uma ferramenta para mostrarem suas faces, que vão além de música e arte.
Na maioria dos casos, esse aspecto se tornou um ponto positivo, trazendo interação e mais conectividade. Mas como tudo que é ampliado se torna mais notável, algumas peculiaridades se tornaram visíveis, como o machismo.
Muita gente acha que essa questão é “puro mimimi“, por isso resolvemos trazer alguns números para mostrar como o tal machismo pode ser perigoso e contagioso.
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Primeiro vamos definir de vez a palavra “machismo”:
Deve-se entender por machismo a atitude de prepotência (se sentir superior), dos homens relativamente às mulheres. Trata-se de um conjunto de práticas, comportamentos e frases considerados ofensivos contra o género feminino.
O machismo é um tipo de violência que discrimina a mulher ou, todo o homem cuja conduta apresenta alguma característica normalmente associada à feminidade.
Ele pode levar a casos extremos como assassinatos(só assistir esses programas sensacionalistas), mas também é mascarado, é subjetivo, impregnado na sociedade moderna, assim como outras formas de preconceito.
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Vamos aos números:
– 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos, aponta pesquisa realizada pelo Instituto Avon em parceria com o Data Popular (nov/2014).
– 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”; uma em cada cinco mulheres considera já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”; o parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais de 80% dos casos reportados.
– 77% das mulheres que relatam viver em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. É o que revela o Balanço dos atendimentos realizados de janeiro a junho de 2014 pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
Nos primeiros seis meses do ano, o Ligue 180 realizou 265.351 atendimentos, sendo que as denúncias de violência corresponderam a 11% dos registros – ou seja, foram reportados 30.625 casos. Em 94% deles, o autor da agressão foi o parceiro, ex ou um familiar da vítima. Os dados mostram ainda que violência doméstica também atinge os filhos com frequência: em 64,50% os filhos presenciaram a violência e, em outros 17,73%, além de presenciar, também sofreram agressões.
Entre os tipos de violência informados nos atendimentos realizados pelo Ligue 180, os mais recorrentes foram a violência física (15.541 relatos); seguida pela psicológica (9.849 relatos); moral (3.055 relatos); sexual (886 relatos) e a patrimonial (634 relatos).
O Balanço aponta também que os autores das agressões relatadas são, em 83% dos casos, pessoas que têm ou tiveram vínculo afetivo com as vítimas.
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Machismo é similar ao racismo, pois é disfarçado, subjetivo, porem mortal, centenas de mulheres são vítimas de violência por seus companheiros prepotentes, assim como o racismo, tudo faz parte do mesmo monstro.
Antes de dizer que “tudo é machismo“, pense se você diria que “tudo é racismo“, não ouça, escute o Rap, mas fique de olho, afinal nada é perfeito e tudo precisa ser evoluído neste mundo.