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Os melhores versos em participações de Eduardo Taddeo

Desde os tempos de Facção Central, Eduardo escreve sempre como se cada verso fosse o último.

Até agora ainda não entendi esse papo de ano lírico, acredito que o Rap é lírico desde que Nas fez Iilmatic. E particularmente sempre curti mais o Rap que me botava para pensar, como o Marechal diz:“Respeito é pelos tapa na cara pra cada linha…”.

E se tem um mano que representa na escrita, que sempre bota conteúdo nas suas letras, este mano é o Eduardo Taddeo. Desde os tempos de Facção Central que ele escreve sempre como se cada verso fosse o último.

Sempre deu uma atenção a mais para os versos de colaborações dos MC’s, as vezes até comprava um CD ou baixava um som porque determinado artista iria está na faixa. Tem até MC que se sai melhor participando das músicas dos outros do na suas próprias músicas (mas isto é assunto para uma outra hora). Pensando assim, resolvi listar algumas das melhores participações que Eduardo já fez em sua carreira.

Com Detentos do Rap, em “João Ninguém”, Eduardo rima as frustrações e lamentações da vida, mas reconhecendo no final do verso que honra e honestidade é o que se tem de mais valoroso.

https://www.youtube.com/watch?v=ArTtcl3Cszw

No início deste ano, ele se juntou a Karol Kolombiana, em “Auto Sabotagem”. Um papo reto de conscientização.

“O legião de Bolsonaro vomita ódio racial/Na tv , na câmara, na rede social” (…)

“Cada excluído que aproximo de um livro/É como se decepasse um tirano e gravasse em vídeo”

Em 2000, no segundo álbum do APC 16, “2ª Vinda [A Cura]”, Eduardo rimou na música “Meus Inimigos Estão no Poder”. Onde aterroriza os políticos brasileiros.

“Pra mim é tiro de 12, ódio, dor/Pra quem roubou meu voto é conta no exterior

Filho na Disneylândia com Mickey e com Pluto/Torrando a propina do camelo no primeiro”

Se liga que se passaram 17 anos e a letra continua atual…

A participação de Eduardo em “Quando Tiro do Fuzil Disparar”, do Realidade Cruel é bem a cara dele, a música toda parece que foi ele que fez.

“É foda ver que pro careca que não sabe ler/É só coletiva na frente do logo do Garra no DP

Arrisco a vida na rodovia na rodovia de fuzil russo/Cato a carga pro boy da Sony receber o seguro

Meu pivete quer tirar do seu RG meu nome/Não quer ser meu clone, super homem não deixa o filho passar

Enceno o psicótico porque o Brasil me fez de brinquedo/Brincou até quebrar e não tem mais conserto”

https://www.youtube.com/watch?v=gCOshL-9gdE

No penúltimo trampo do Consciência Humana, de 2003, “Agonia do Morro” Eduardo relata um pouco da sua vida pessoal, da sua infância, na música “Estratégia”.

“No dia a dia cursei minha psicologia/Pedindo moeda com a minha mãe na porta da drogaria

Quantos meses, quantos dias, quantas horas/Me humilhando pro meu irmão ter uma cadeira de rodas

Quando o cuzão do meu pai morreu, vi que Deus era sábio/Deixou os bens pras amantes, nada pro Eduardo

(…)

É necessário deixar pegadas nas labaredas da vida/Pra tá credenciado a tá na nossa comitiva

A lágrima secou, virou escudo de aço/Quem pra comer olhava carro, hoje é soldado”

https://www.youtube.com/watch?v=HaMhAHZeBZM