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Review: “The Meth Lab” por Method Man

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Esse ano tá demais, fãs do lendário grupo Wu-tang Clan! Depois do Ghostface Killah lançar excelentes e bons trampos, o Method Man dropou mais um disco depois de 9 anos ! Isso mesmo, o Mr Smith vulgo Meth, largou pra nós um bagulho muito gangstar, cheio de participações de peso – onde os que mais aparecem são o StreetLife e Hanz On – e também os então integrantes do grupo mais famoso da costa Leste, Raekwon (que também lançou um trampo esse ano) e Inspectah Dec. The Meth Lab na review, povo feio, clica em Continuar Lendo aí. 

Esse disco me conquistou logo no primeiro play, com rappers experientes no jogo fica difícil vim coisa ruim e isso se repete nesse ótimo álbum. De imediato, e como o título já nos dá uma ideia do que vai vim ao decorrer do álbum, vemos rimas agressivas, quentes e muito mais muito gangsters. Logo em “The Meth Lab“, vemos uma intro da série “Breaking Bad” – Uma série que conta uma história de um professor diagnosticado com câncer que começa a vender metanfetamina – e isso nos dá o clímax do bagulho instantaneamente. Em “Straight Gutta”, vemos relatos da violência em Staten Island e como o tráfico de drogas não diminuiu em quase nada com o passar dos anos. Redman faz um refrão de outro mundo e temos Hanz Onz e Stretlife bem insanos nos versos. Aliás, em “50 Shots”, temos um Streetlife mandando um verso pesado, ele é o cara que você vai mais torcer para chegar os versos dele. O cara manda só bagulho sujo e pesado, as linhas são bem loucas. Hanz Onz não fica muito pra trás e isso só enriquece esse grande projeto. Já o Method Man, há rapaz, se tem 20 anos de game no bagulho porra ! Sua métrica é absurda de boa, seu flow é daqueles feito pra um boom bap bem escrachado e seus punchlines são, acredite se quiser, muito bacanas. O cara se reinventou mesmo.

Em “WorldWide”, temos o melhor verso do Method no projeto. Chedda Bang chegou pesado e temos um beat insano do Don’t Panic Ent e Pascal Zumaqué (A maioria dos beats mais pesados tá no nome dos dois ). Em “Water”, “Lifestyle” e “Soundcheck” os caras não aliviam, Pascal Zumaqué vem de novo na produção e joga o tapete vermelho pros caras deitarem legal. Chedda Bang e Code Red vão sem freio descendo a marreta. Cardi faz um puta refrão em “Lifestyle” e as tretas nas ruas são a pauta do terror que os caras são e como o respeito nas esquinas é importante para sobreviver mais um dia. Depois disso tudo, temos o Inspectah Deck e Raekwon, onde eles colam com o Smith e fazem aquilo que todo fã do Wu Tang Clan gosta, rap sujo e violento com um beat e flows característico dos anos 90, mas com uma modernidade dos anos 2000. Não tem o que falar não tio, só sentir mesmo.

Method nos proporciona um registro conciso e sólido. Regular do começo ao fim. Não é desgastante por ser 19 faixas, apesar disso, a repetição temática é o ponto negativo do álbum, o flow do Method, apesar da boa métrica, não varia ao decorrer do registro. Até os próprios participantes que se apresentaram muito trazem um flow não muito diverso, como o Hanz On. StreetLife pra mim foi o responsável pelas rimas mais quentes, e no quesito produção, é praticamente impossível você parar de mexer sua cabeça na levada. Pra mim, The Meth Lab é um dos melhores discos do ano, não tá fácil encontrar gangstar rap bons mundo afora, então coloque o capacete e seja feliz.

Nota4