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Review Nacional: “Smoke Swag” por Mr. Thug

SMOKESWAGREVIEW

Fala, mes amis! Menino Huss de volta em mais uma review nacional! Tava com uma saudade dessa porra que ces nem imaginam! Infelizmente meu roteador deu um caô brabo na semana passada e não pude postar, mas to aqui de volta nesse carajo! Hoje revisarei o debut solo do Mr. Thug, um dos membros do já famoso Bonde da Stronda (era febre quando eu era mulequin hahahaha), que também conta com o Leo Stronda, o famoso lek forte da internet. Mas relaxa que a review vai falar puramente de rima, belê?

Começo tratando da função do Diego como MC. O cara tem flows criativos e linhas inteligentes, mas o que quebra a lírica dele é o excesso de rimas pobres: em praticamente TODOS os versos do álbum da pra flagrar o cara rimando verbo com verbo, algo não muito apreciado pelos que prezam por um vocal afiado. Mesmo assim, da pra filtrar uns momentos maneiros, como esse da “Relaxa”:

Me mandar pra Amsterdã, pã, vários moleque
Café, croissant, torrando AK-47
Doce igual ao mel, cream, caramel, vem do céu
Duas minas no motel vai virar pinel

Em se tratando da produção, o álbum é heavy inspired no A$AP Rocky. Os beats lembram muito os do pretty motherfucker e inclusive, há dois assinados pelo A$AP TyBeats, beatmaker oficial do selo do Rocky. Isso torna os instrumentais muito repetitivos. Destaco as produções da “Vai Levanta a Mão”, que é bem turnt up, e da “Ronca”, que mescla bem elementos do trap com do jazz, tornando o beat bem classudo.

Sobre o conceito e a organização do álbum, eis a maior decepção. Tá certo que o estilo do Thug é rimar sobre erva, minas e rolés, mas ouvir 12 tracks na sequência só sobre isso, com letras parecidíssimas, é uma pá de cansativo. Faltou noção de montar uma boa faixa também: algumas contam com bons refrões, mas com versos aquém (como a “Me Diga”, Mr Thug, que poderia ser a melhor do trabalho se melhor aproveitada); em outras, há um uso ruim do auto-tune (como na “Ela Quer o Meu SWAG”, que também começa bem e vai decaindo à medida que você a ouve). O excesso de influência do A$AP Rocky (até o vocal grava é bastante usado) tira um pouco da originalidade do álbum. Apesar desses deslizes, os feats foram bem escolhidos: Ber, Sain e André Ramiro (que solta um dos melhores versos do ano até agora!) cumprem bem suas funções. E é isso meu bonde, aguardem que aí vem mais revisão do dream team dos blogs de rap! Até!

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