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Review: “GO:OD AM” por Mac Miller

4fc1aead02c11b811983fecd8bb712ac.600x600x1O senhor Malcolm estava prometendo um grande álbum para os críticos e principalmente os fãs, a mixtape “Faces” lançada ano passado, foi aquele divisor de águas. Porém, para esse ano, Mac miller assinou com a “Warner Bros” depois de anos lançando pesos de forma independente, ele dropou para nós o “GO:OD AM” como seu debut comercial. Mas, será que o rapper de Pittsburg, que sempre agradou boa parte por sempre se apresentar de forma solitária e autentica, se adaptou ao seu primeiro release na indústria oficialmente? É o que vamos descobrir meu parceiro.

Eu vejo “GO:OD AM” como um Mac se levantando da cama, em um final de semana maravilhoso, despertando de um pesadelo tremendo. Como os fãs sabem muito bem, “Faces” e “Watching Movies With The Sound Off” nos deixou um pouco assustados com o bem estar do rapper, e isso ele sabe muito bem. Depois que começou a andar mesmo com os moleques da ODD Future, Mac Miller ficou muito depressivo e se afundou nas ‘dorgas’, tipo, se afundou mesmo, e isso ficou bem perceptível nos seus últimos projetos. Temas como suicídio e outros assuntos bem escuros eram o que sempre viam do mesmo, e isso agradou uns, e não agradou outros. Nesse disco, Malcolm vem mais ‘aberto’ para a vida, mudado, um “homem de negócios” como ele sempre cita nesse cd, um cara novo. “Doors”, produzido pelo Tyler the Creator, nos mostra o chefe da “REMember Music” pedindo desculpas para os fãs e ao seus familiares pelos seus problemas constantes com cocaína e outras drogas que prejudicaram muito a sua vida. Depois, temos um Mac curtindo a vida e aproveitando o seu contrato milionário, com mulheres lindas ao seu redor, mas pouco se fodendo para status e rótulos, ele ta curtindo a sua vida de boa, fazendo um lifestyle do seu jeito. Em “Two Matches” temos a participação do MC da TDE Ab-Soul, e juntos ambos partem para conquistar um mundo numa vibe meio que chill out. Logo depois, em “100 Grandkids”, jogos de palavras e um flow bacana proporcionam a faixa o status de ser um dos melhores do trampo, planejando o futuro e ao mesmo tempo bancando uma de Bada$ egoísta.  Um puta de um single foda.

Em “Weekend”, temos um Miguel estupendo no vocal nos mostrando histórias curtas de um relacionamento em diferentes dias da semana, sério cara, é muito bom. Já o Mac, tá lá com seu baseado nos mostrando os pontos positivos de ser um jovem rapper rico em plena sexta feira. Temos linhas muito boas, linhas como: “Eu tenho tido problemas para dormir, lutando contra esses demônios, Quer saber a coisa que me mantém respirando? É dinheiro, fama ou nada”. Sim irmão, o cara ta mudado. A outra metade do cd é uma ostentação de um espirito leve, zombando de tudo e de todos e aproveitando o bom momento. Em “Ros” e “The Festival” ele vem mais smooth, meio soft, mais nos apresenta versos tão bons que fazem você relaxar legal, o produtor ID Labs é responsável por algumas das minhas faixas favoritas.

Diante disso tudo citado, ficou meio óbvio que gostei do cd, né? Depois de um período conturbado, Mac Miller volta a ser o Mac Miller que sempre conhecemos desde a mixtape “Kids”, porém com algumas mudanças. Eu curti a forma como ele aborda temas introspectivos, a religião, sua depressão e seus vícios de uma forma bem pura, sem se auto censurar. Gostei também da forma como ele se apresentou muito versátil rimando em traps e por aí vai. A única coisa ruim, é a forma como ele meio que embaralha as temáticas e te deixa um pouco confuso no inicio do disco, contudo, no final, ele nos ambienta de uma forma bacana. As rimas e os flows dele apresentam estruturas diferenciais e os feats são dignos. A única participação que não curti foi o do Chief Kieef em “Cut The Check”, o cara tava perdido e mandando linhas que eu não entendi nada, apesar disso, o verso não atrapalha a musica. Ou seja, dá o play ai no disco e viaje nessa boa narrativa de uma vida conturbada pela fama, abraço e até a próxima.

Nota4