O Prêmio Sabotage foi criado em 2015 pela Câmara Municipal de São Paulo visando reconhecer publicamente o trabalho de artistas que se destacam no cenário do Hip Hop no Município. Sendo uma clara homenagem ao cantor, compositor e ator Mauro Mateus dos Santos, o Sabotage.
O Prêmio Sabotage prestigia os quatro elementos fundamentais do Hip Hop — dj, mc, grafite e dança. Nesta noite de segunda-feira (21), aconteceu a segunda edição do Prêmio. Quem recebeu a Salva de Prata foram Erick Jay (melhor DJ), o grupo A’s Trincas (melhor MC), Nenê Surreal (Melhor Grafiteira) e Elen Soul (melhor dançarina de break).
Quem definiu os melhores desta edição foi a comissão julgadora, formada neste ano pela bgril Deise Mirando, o músico e skatista Lobão, a grafiteira Riska e os rappers Nego do Rap e Welington Sonora. De acordo com a “Comissão dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude“, responsável pela premiação, esta edição recebeu ao todo 57 inscrições.
O secretário municipal de Igualdade Racial, Maurício Pestana, também prestigiou a cerimônia e destacou as mortes que ocorrem na periferia e que, em algumas oportunidades, poderiam ser evitadas com mais incentivos, tais como o fomento ao hip-hop, característica principal do Prêmio Sabotage.
[Leia: Vencedores do Prêmio Sabotage 2015]
“Esse prêmio é bastante democrático, atinge principalmente os moradores da periferia e a juventude negra, que é extremamente violentada. Hoje, a morte de jovens negros representa 77% dos homicídios, então você dar um prêmio desses, que estimula a produção cultural, musical e intelectual, é de uma importância ímpar”, afirmou.
No próximo ano o Prêmio também acontecerá, saiba como foi feita a inscrição de 2016 aqui e leia o regulamento aqui em PDF.
Vencedores dessa edição
Melhor DJ
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Erick Jay, que recebeu o prêmio de melhor DJ, é um dos mais premiados do Brasil. Já esteve entre os melhores do mundo e é o único DJ sul-americano a disputar várias finais mundiais no ‘DMC WORLD’ e ficar entre os cinco melhores. Atualmente, trabalha com o rapper Kamau, no Programa Manos e Minas, exibido na TV Cultura.
Melhor MC
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Nay Lopes, Kel Fidelis, Nina Juh, integrantes do grupo A’s Trincas, receberam o prêmio de melhores MC’s. Oriundo da Cidade Tiradentes, zona leste da cidade, o grupo começou a sua trajetória em 2012. No entanto, desde os anos 2000 fazem parte do cenário do rap nacional, com outros trabalhos.
Melhor grafiteiro
Nenê Surreal recebeu o prêmio por sua longa trajetória no grafite. Ela faz parte do movimento negro e tem um histórico extenso de envolvimento com o movimento hip-hop. Seus grafites são caracterizados por rostos de mulheres negras.
Melhor dançarino de break
Elen Soul é dançarina de danças urbanas (Street dance) desde 2006 e já atuou em diversos grupos. É uma das responsáveis e idealizadoras do projeto ‘Dança Vocacional’ e atuante através de workshops e simpósios na cidade de São Paulo. É bolsista na Casa da Dança (Tati Sanchis), uma das academias mais conceituadas em São Paulo nesta modalidade.