O ano de 2019 tem sido especial para os integrantes do grupo paulista, A.L.M.A. Após o lançamento do ótimo “Vol. 2: Ouro, Incenso e Mirra“, em janeiro de 2018, o trio mais pesado do underground deu uma pausa para cada um focar em seus trampos solo. Rômulo Boca já lançou a ótima mixtape, “Quando o Mundo Acabou Era Meio Dia“, Wendeus prepara-se para soltar um álbum (por enquanto, sem nenhuma data) e Lucas Felix é o próximo a apresentar sua arte de maneira individual. Previsto para sair no próximo dia 21 de novembro, seu álbum intitulado “Elefante“, promete ser um dos melhores e mais originais discos do ano e já teve sua capa divulgada.
A arte ficou por conta do músico/animador/produtor, Cayo Carig, que conseguiu captar bem o conceito e essência do álbum, onde segundo o próprio Felix, será sobre: “olhar pra dentro, voltar a ser pequeno e voltar ainda maior após entender todos os calos formados pela viagem”. O artista nos deu um gostinho do que nos aguarda neste trabalho, nesta quinta-feira, quando disponibilizou o single “Canção Sem Nome“. Acompanhada de um clipe, animado também por Cayo, a faixa contou com a produção de Paulo Junior e Nixon Silva.
Fugindo da estética muitas vezes apresentada nos trampos com o A.L.M.A, dessa vez Felix chegou calmo e numa sonoridade bem experimental. É legal perceber como trabalhar sozinho, fez com que ele pudesse ficar livre e o artista aproveitou dessa liberdade. Quem conhece o som deles, sabe o quanto são influenciados por diversos gêneros musicais, e em “Canção Sem Nome“, presenciamos o encontro de todas estas referências. Numa amálgama entre rock e rap, que viaja entre o canto e o flow, a música soa como um convite pela já citada viagem que o álbum proporciona. Além disso, a junção destes vários elementos, apresenta a multiplicidade e versatilidade do artista, tanto lírica quanto sentimentalmente.
A solta destas amarras proporciona uma experiência única. Quando o artista consegue gerar uma arte que potencializa as sensações do ouvinte, por universalizar o contato artístico. Felix abraça suas vontades, conceitos e seu ser, sua música “não tem nome“, mas tem identidade. Aguardaremos para ver o que “ELEFANTE” nos aguarda.