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Ofícioclan Lança Primeiro EP intitulado “Trópicos”

Fundado em outubro de 2015, o grupo de rap do ABC Paulista Ofícioclan, lançou o primeiro EP oficial na última segunda-feira. Composto por Anderson Peixoto, Aka Bronx, LVI e DJ Vinilzera, eles ganharam destaques na cena do ABC Paulista através das tradicionais Batalhas de Mc’s da região.

O primeiro trabalho do grupo, que já havia soltado alguns sons ao longo dos anos, vem com uma visão totalmente nova, buscando traçar as diferentes fases emocionais para cada faixa, somadas as vivências pessoais dos integrantes – daí surge o título – que acompanha a definição da palavra na própria capa: “Trópicos”. O termo trópico vem do grego e significa “volta”. Do ponto de vista geográfico são círculos paralelos imaginários, traçados sobre o globo terrestre em cada lado do equador.

O ep conta com cinco faixas:

1. 1998 | Prod. Jess

A primeira faixa do ep fala sobre a velocidade em que o tempo passa, e na medida em que nos sentimos “entediados”, sem vontade de viver, a saída para um conforto contra isso é apenas uma: viver. Mesmo com o tempo não dando uma “pausa”, e a vida passando diante dos nossos olhos, o medo e as incertezas que são apresentadas em nosso dia a dia e precisam ser combatidas.

Marcas da vida na pele, cicatrizes fundas, atrizes que a alma repele
Nota em subsolo, revele o que escondem seus olhos. Transmita-me o mundo

2. Crises | Prod. Lucvs LK

A música foi lançada junto com videoclipe no dia 9 de junho, como um “esquenta” para o EP. A segunda faixa relata as “crises” que todos enfrentamos diariamente, e de certa forma conversa conosco, já que em algum momento da vida, talvez, você já tenha passado por isso. Criar um conteúdo lírico que beira a depressão, e falar sobre esse tema em tom de superação é um grande desafio que o grupo dribla bem, com rimas inteligentes e elaboradas, sem perder o tom de conversa com o receptor da mensagem.

“Falar de amor cheio de rancor no peito é igual pregar paz pro capeta! Juntando treta, juro é mó treta, ver a merda de um pai só em foto na gaveta!”

3. Solstício | Prod. The Munir

Solstício é um acontecimento astronômico que significa o início do verão ou do inverno, dependendo da data, mas na terceira faixa do ep, os artistas “brincam” com as linhas, apresentando que pode ser ‘verão’ ou ‘inverno’ em nossas vidas, tudo depende do ponto de vista. Com a dinâmica de conseguir falar de amor, paixões, despedidas, pessoas vazias e dores internas, o som conta com uma narrativa interessante para se apegar aos detalhes e apreciar cada linha.

“Antes que eu passe essa fase, vou ver o pôr do sol dessa laje, vou me decompor nessa base, e tentar viver dessas frases”

4. Zênite | Prod. Mansur

A quarta faixa do EP marca uma evolução do grupo, tanto pessoal como profissional. O amadurecimento de pensamento é o principal ponto do som. Para explicar isso, vamos começar pelo nome da faixa: “Zênite” é um ponto de referência para a observação do céu, ou melhor, um ponto exatamente acima de um lugar específico, e nesse som, o ponto são os próprios artistas. Todos eles começam seus versos da faixa com “eu já quis ser o mais foda da city…” e continuam com versos que relatam o amadurecimento de pensamento, falando de objetivos pessoais, de sonhos, e apresentando que tudo que levava ao desejo de ser “o mais foda” eram coisas irrelevantes para os homens que eles vêm se tornando, deixando os garotos do início de carreira para trás.

“Hoje o tempo cobra responsa nas doses, rua me cobrando responsa nas linhas…”

5. Trópicos | Prod. Vibox

A faixa que dá nome ao EP é a que finaliza ele com chave de ouro. Com um beat e um refrão bem dançantes, foi o verdadeiro “Gran Finale” que o álbum precisava. O verso “Gravando um disco no quarto sem pensar no que isso vira” relata o que é o nome da faixa, as ‘voltas’ que a vida dá, e cada verso te remete a essa sensação de superação.

“Onde o jogo é só um detalhe, a vida é só um detalhe, o gol é só um detalhe quando a arte vem primeiro…”

Todas as faixas foram gravadas por Anderson Peixoto, exceto a faixa 2, gravada por Renan Catozi no estúdio Mind Records, que também participou com as mixagens e masterização.

A capa e identidade visual do projeto ficou por conta de Lucas Peixoto.

Os clipes de “Crises” e “1998” já foram lançados, e as outras faixas também receberão produção audiovisual e serão lançados em breve, todos dirigidos por Matheus Menucci.

O trabalho é uma produção do selo PurpleGang, um dos principais do ABC Paulista.

O trabalho pode ser encontrado nas principais plataformas:

Ep Completo

Youtube: https://youtu.be/ugZgtGYEjJI

Spotify: https://spoti.fi/2mg0KpR

Deezer: https://bit.ly/2mfdugs

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