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RND Entrevista: Em primeira mão, M.Sário fala sobre novo EP, ‘Indefinido’

Paulo M.Sário lançou hoje (2) o EP e, em primeira mão, bateu um papo conosco sobre, confira!

Paulo M.Sário lançou hoje (3) o EP e, em primeira mão, nós disponibilizamos para você. “Indefinido” conta com cinco faixas e produção de Bruno Dupre, Jeff Boto e do próprio M.Sário. A produção executiva ficou por conta de Germano Rocha.

A primeira música “Sensei (Papo de Futuro)“, conta com participação de Daniel Yoruba na voz, scratchs de Dj SouJazz e beat de Rael e Bruno Dupre. O som traz boas mensagens positivas com um instrumental refinado.

“Dona de Si” chega com participações de Heloá Holanda na rima, Bocato no trombone e beat de Skeeter. A letra fala da atração mútua e relacionamento entre homem e mulher. A batida com tom “jazzístico” é finíssima.

A terceira faixa “Alma Brava” tem Daniel Yorubá e Bocato novamente. O Beat ficou por conta de Slim Rimografia e traz referências do trap.

Com Scotti Beats na produção, “Ela Gosta, Se Gosta” é a quarta música do EP e também traz uma mistura com o trap.

“Segura o Reggae” fecha o trabalho com referência do dubstep, com rimas e batida pesadíssimos e mixagem e masterização de Luis Café, assim como todas faixas do Ep.

Troquei uma ideia com M.Sário que nos falou um pouco do seu novo trampo. Confere aí:

Fora o Reggae, quais outros estilos serviram de inspiração pro Ep?

– Na verdade, o Sangue de Leão foi um disco onde eu explorei mais a minha musicalidade. Eu fui pro Afrobeat, R&B, bastante pro Reggae por já ter essa influência e essa referência muito enraizada no meu estilo. Definindo, no Ep decidi fazer mais Rap, voltar as origens mesmo. Gostei muito da turnê do Sangue de Leão com a banda, uma parada mais orgânica, mas me fez muita falta o lance Mc e Dj, então decidi usar isso nesse Ep, então tem boombap, referência de trap, dubstep, as coisas que me influenciaram mesmo. Mais diretamente falando, é um Ep mais Rap.

Em relação a turnê, algo programado?

– Finalizamos agora a turnê do Sangue de Leão e estamos começando agora dia 26 de agosto com o primeiro show com o Ep na rua, mas previsão de lançamento e turnê oficial pra quando começar nós não temos porque né, o bagulho é meio louco. O trampo tem que sair, propagar pra galera ouvir, curtir pra nós cairmos pra rua. Não tem como se programar tanto assim antes da galera receber o material.

Em relação ao Pentágono, o contato e amizade continuam os mesmos? Algum projeto parar retornar?

Continua na mesma sintonia, no mesmo corre, moramos um perto do outro. Tamo junto fumando um, trocando várias ideias todo dia. Todos diretamente envolvidos um no trampo do outro. Mas no momento cada um fazendo o seu trampo. Precisávamos disso, foi um casamento longo de 12 anos só de Pentágono e chegou o momento de cada um fazer o seu corre. Temos um plano ainda um pouco distante de voltar, mas ainda tem muita coisa pra ser feita individualmente.

Quais grupos e artistas que você tem escutado?

Tenho escutado bastante o disco do Don L, Primeiramente, os sets do Dj Nuts, com muita música brasileira, muita coisa boa, muito conhecimento. Também o novo do Jay-Z, do Tyler The Creator, do Damian Marley, Emicida, “Espiral de Ilusão” do Criolo, fora os meus parceiros Apollo, que lançou disco novo, Massao e Rael.

Tem algum som do Ep que tu tenha se identificado mais?

– Eu tenho um apego especial a todos os sons, porque em todos eu retrato uma situação que eu vi ou vivi, que foram importantes e mereceram ser relatadas numa música. Acho que a “Segura o Reggae” tem um apelo maior porque eu pensei no beat antes e passei pros caras o que eu queria. Fizemos a música do jeito que queríamos, com o sample que queríamos e autorizado. Então essa é a faixa que tenho um carinho maior.

E a inspiração pra arte do EP, qual foi?

– Eu tinha feito essa foto há alguns anos e deixei ela guardada pra esse momento. O designer gráfico foi o meu mano de mil anos Fabio Pirani. A ideia era usar a foto mesmo que é bem louca. Tem o lance dos cabelos subindo, a música subindo e a vida crescendo.

Qual a sua visão sobre a cena do Rap no momento?

– Lutamos pra que o bagulho crescesse e atingisse outras classes sociais, outras pessoas. Vários como Pentágono, Criolo, Emicida, Quinto Andar, Simples vieram falando coisas de acreditar no seu sonho, lutar pelo seu ideal independente de onde você estivesse, então acho que isso é uma conquista dessa geração. O Rap cresceu e assumiu seu lugar de protagonista da música brasileira e tem que crescer mesmo. O Rap é a música da libertação e estou vendo a cena crescer e subir. “Viagem” sempre vai ter, em qualquer lugar, em qualquer estilo musical, porque tem quem faça por amor, por diversão ou só pra ganhar dinheiro, mas o Hip Hop real vive!

E da nova geração, quem tu recomenda?

– Pra mim uns moleques que chegaram representando mesmo foi o Primeiramente, porque são o que são, fazem o som do jeito que fazem, são “quebrada” pra caralho, fazem um som raíz e tem a originalidade deles. Tem também o Xamã, o BK, a Lay, mas o que tenho escutado mesmo é o novo do Don L.

Finalizando, manda um recado para o pessoal do RND.

– Primeiramente agradecer a vocês pela parceria e a todo mundo que tá acompanhando, pela oportunidade de terem visto um pouco das minhas ideias escritas e compartilhadas com vocês. Gostaria que eles se dessem a oportunidade de ouvir minhas músicas e comentar e dizerem o que acharam.

Escute “Indefinido”.