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Mano Brown: “Enquanto a favela faz silêncio, a mídia manipula”

Brown foi direto ao dizer que fechou um clico em sua vida e em sua carreira depois de presenciar os fatos políticos atuais.

Na última véspera de feriado, quarta-feira (22), os Racionais Mc’s foram para o Rio de Janeiro para uma apresentação na quadra Estação Primeira da Mangueira. Durante o show, Mano Brown utilizou o microfone para passar uma visão — outra das famosas ‘orelhadas’ do Mano Brown — sobre as treta política histórica que estacionou nosso país.

Dessa vez, Brown foi direto ao dizer que fechou um clico em sua vida e em sua carreira depois de presenciar os fatos políticos atuais. “Eu vi a população virar as costas para a Dilma. E eu vi o que é o poder da televisão em um país de terceiro mundo, o que é um país de terceiro mundo se informar. Onde a televisão elege e derruba quem eles querem. Aí eu falei: já que o povo escolheu isso, que assim seja. Daqui para frente, fechou um ciclo na minha carreira e na minha vida. Se o povo decidiu derrubar um governo, que assim seja. Daqui para frente, é cada um cada um. Não siga o Mano Brown que você pode tombar do precipício. Papo reto”, disse.

Em sua fala, Brown associou o fato de boa parte da população apoiar o impeachment da presidenta Dilma à manipulação midiática, citando a Rede Globo – esta que foi comparada com uma droga. “Em São Paulo, a maioria da população é de preto. E tá usando tudo isso de droga: cocaína, maconha, balinha, lança-perfume, novela da Globo, Jornal Nacional, todas as drogas possíveis. Vamos chapar? Vamos chapar de Rede Globo, de Jornal Nacional, vamos chapar de Willian Bonner”, ironizou.

Enquanto a favela faz silencio, a elite manipula (…) O dia que o povo se omitiu. O dia em que a favela ficou quieta e deixou eles tomarem o que a favela conquistou”, completou o rapper paulista, falando sobre o cenário geral da crise política.

https://www.youtube.com/watch?v=zvYtvWjxMps

Assista acima a fala do rapper na íntegra, registrada pelo jornalista André Caramante. Algumas informações do texto, como a retirada das falas do Brown, foram feitas pela Revista Fórum.