Poeta, atriz e arte-educadora. Jô Freitas atualmente integra o elenco do filme “Sequestro Relâmpago”, de Tata Amaral e realiza o projeto “Mulheres em Travessia”, um projeto que colhe as histórias de travessia de mulheres, cria poesia e faz um mural afetivo de memória no território escolhido, com imagem e poesia da história deste bairro de morada das mulheres. As histórias são coladas em formato de LAMBE POÉTICO, uma intervenção de rua, de espaço, colado numa ação conjunta com todas mulheres.
Nordestina e adotada por São Paulo, em 2014 idealizou o Sarau Pretas Peri e desde 2016 é residente do Sarau, com espetáculos por todo o país. Jô Freitas também se destaca nos Slams, campeonatos de poesia falada que ocorrem em comunidades no mundo todo. No Peru, esta será a primeira edição do campeonato de poesia oral, com classificatória para a final neste ano.
“Quero resgatar a memória destas moradoras que lá residem. O Centro Cultural ESCAPE vai me receber em uma residência para artistas, já que desenvolve também atividades sociais e culturais, mas estou fazendo o projeto na raça, sem qualquer recurso financeiro, mas com muito amor e vontade de recontar estas narrativas. Claro que tenho esperança de conquistar apoios e realizar o Mulheres em Travessia em outros espaços e partes do mundo, que é muito grande e é preciso resgatar as histórias dessas mulheres, o olhar dessas pessoas que tiveram que parir seus filhos e sair de sua terra natal, criar um novo mundo que é desconhecido. Isso é o que mais me encanta”, contou.
No próximo dia 11 de abril ela embarca para Pucusana, no Peru, onde ficará por 30 dias para colher histórias das mulheres que vivem em uma vila de pescadores.
No período em que estiver no Peru, a artista também representará o Brasil em um Slam. O evento acontecerá no próximo dia 15 de abril na Casa de la Literatura Peruana.
De acordo com Jô, a ideia inicial do projeto “Mulheres em Travessia” é fazer a captação de histórias reais das mulheres de uma região, bairro ou povoado onde existe migração. “Quero contar as histórias delas e do local em que vivem”. Esse resgate afetivo será registrado em vídeo, criando assim uma série de cada região que pretende passar. O trabalho começou após uma visita que a artista fez ao país vizinho e se encantou com as histórias das mulheres e, agora, ela retorna ao Peru para dar sequência ao projeto, em parceria com Centro Cultural ESCAPE, que tem como diretor o Miguel Villaseca Chavez, com a parceria do ator e produtor Ricardo Delgado Ayala.
Para conhecer mais detalhes do projeto, curta a página “Mulheres em Travessia” no Facebook.