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Quatro MCs disputam o título 2016 da Batalha do Real, em noite que será um mini-festival de rap no Circo Voador

Depois de quatro etapas que atravessaram a cidade e levaram a novíssima geração do rap carioca a se apresentar, em palcos profissionais e bem cuidados, no Imperator e em lonas e arenas da Prefeitura em Jacarepaguá, Madureira e Penha, o circuito 2016 da tradicional Batalha do Real chega à grande final, no dia 23 de novembro, no Circo Voador, quando quatro MCs, escolhidos entre os 16 rappers concorrentes, disputam o título de campeão da Batalha do Real. Xan, Xamã, Estudante e Pelé disputam, além de um prêmio em dinheiro, um título que é uma instituição do rap nacional e que já foi, antes, de nomes como Emicida, Marechal e Akira Presidente.

(Foto Eduardo Biermann)

Para esta grande final, a Brutal Crew, organizadora do evento, preparou um pequeno festival de rap para o palco do Circo Voador, logo ali ao lado dos Arcos da Lapa, palco de 13 anos da Batalha do Real. A noite terá, como apresentadores, os rappers Maomé, Marechal, Nissin (Oriente) e Negra Rê, som comandando, em pick-ups, por DJs que são icônicos na cena, como LP, Babz Brutal, Negralha e Saddam, e shows de Batoré e Papatinho (Cone Crew), De Leve, Filipe Ret, MC Coé, Funkero, 3 Preto e Akira Presidente. Um pequeno retrato da cena hip hop no Rio de Janeiro.

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Grande Final da Tradicional Batalha do Real Temporada #eudesafio
Quando? Dia 23 de novembro, às 19h
Onde? Circo Voador | R. dos Arcos, s/n – Lapa | Telefone: (21) 2533-0354
Quanto? Ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

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Conheça os quatro finalistas da Batalha do Real

Xan

Xan é Gabriel Henrique de Carvalho, ouve rap desde pequeno e sempre teve um dom para a escrita, além de gosto pelo ritmo, o que tornou inevitável o seu envolvimento com a cultura hip-hop. O MC foi indicado pela Roda Cultural de Vila Isabel, da qual foi vencedor, além de ter participado e vencido nas rodas de Méier e na Tanque, em São Gonçalo. Gabriel é fã de MV Bill, Racionais MCs, Marechal, Claudinho e Buchecha e O Rappa. “Comecei no rap porque não tinha forma de não me envolver com a cultura, acabei indo pelo lado da música, que foi no que me destaquei mais”, conta o MC, que já venceu o concurso Mic Master Brasil edição RJ e cursa faculdade de administração na Uerj.

Xamã

O MC Xamã, que é natural de Campo Grande, zona oeste do Rio, é Jason Fernandes, 25 anos, e ganhou este apelido nas rodas de freestyle, por se parecer com o índio do jogo Mortal Kombat, o personagem Nightwolf. Natural de Campo Grande, ele agora mora em Copacabana e, há um ano, abandonou o emprego para perseguir o sonho de viver de rap. Ele tem projeto de rap com o MC Estudante, de Padre Miguel, o Xamã Estudante. As músicas da dupla estão disponíveis no YouTube e no Spotify. Xamã começou a rimar aos 12 anos e é fã de Black Alien e Speed Freaks, da escola de Niterói, e Racionais MCs.

Estudante

Carlos Cardoso, 20 anos, é o MC Estudante, que também sonha em levar a vida como MC. Ele descobriu que rimava no ensino fundamental, fazendo músicas para as feiras de ciência, quando criava paródias e percebeu a facilidade para rimar. Estudante começou a batalhar em 2014, em Bangu, na Caixa de Surpresas, e frequentou muitas rodas de rimas para conhecer o estilo dos MCs. “Me identifiquei com o rap porque é o movimento da rua,  a cultura do negro, que luta contra o preconceito e a diferença entre as classes sociais. O nome Estudante veio porque eu tento embaralhar as matérias da escola com a rua, fazendo metáforas e comparações. Tem músicas nas quais cito o físico Newton e o matemático Pitágoras”, conta Estudante, que participa da dupla Xamã Estudante. Entre suas influências, estão Rapinn Hood, Caetano Veloso, Legião Urbana, Racionais MCs, Black Alien e Speed Freaks.

Pelé

O rapper Pelé, 19 anos, de São Gonçalo, é Maurício Lourenço e mora em Trindade. Ele conheceu o rap em 2008 e foi indicado pela Batalha do Tanque a participar da Batalha do Real. Já venceu por lá e também na roda de Botafogo. O MC começou a batalhar levado por amigos, que colocaram o seu nome no desafio, e nunca mais parou. ”O duelo de MCs é mais sangue mesmo, atacar o adversário, é diferente de fazer música. Na final da Batalha do Real estão só os melhores, e eu estou lá. Pra mim, é um sonho, pois a gente ouve as histórias das vitórias do Marechal e da importância disso dentro da cultura do rap”, explica.

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