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Fernando Holiday, frente da “nova direita brasileira”, ataca Emicida e o som Dedo na Ferida

O canal no Youtube “Inimigos Públicos” postou hoje, quarta-feira, nesse primeiro de julho de 2015, uma critica ao som “Dedo na Ferida” de Emicida, música lançada em março de 2012.

O canal no Youtube “Inimigos Públicos” postou hoje, quarta-feira, nesse primeiro de julho de 2015, uma critica ao som “Dedo na Ferida” de Emicida, música lançada em março de 2012.

Quem teve o trabalho de destrinchar um pedaço da letra de Emicida foi Fernando Holiday (que recentemente fez um vídeo ‘polêmico’ onde se mostra contra as cotas raciais). Fernando é um jovem garoto que se auto-intitula como “a nova e moderna direita brasileira” e faz parte da trupe do Kim Kataguiri, um dos maiores responsáveis pelas manifestações que ocorreram neste ano, por todo o país, essas que inclusive tiveram apoio de alguns rappers.

Fernando Holiday inicia sua critica ao Emicida como um todo e não apenas por causa da música “Dedo na Ferida”. Ele acusa o rapper paulista de ser “um explorador da miséria alheia” enquanto leva em conta os versos da canção de 2012.

O militante ainda sugere que o rapper “adotou um método de direita e capitalista pra conseguir chegar ao ‘topo’ pregando um discuso de esquerda e socialista”, ou seja, Holiday deixa nas entrelinhas que Emicida “vai pelo caminho da direita” enquanto “quer que seus fãs sigam um caminho esquerdista”.

Holiday ainda critica o poeta Sérgio Vaz no final do vídeo, mostrando seu ‘desagrado’ com a frase: “Enquanto eles capitalizam a realidade, eu socializo meus sonhos“, difundida por Sérgio.

Assista na íntegra:

[ytp_video source=”joJAc2gamtA”]

[su_spoiler title=”Palavras de Fernando Holiday” style=”simple” open=”no” icon=”caret”]

Homens de fardas são maus, era do caos, frios como halls, engatilham e plaw, foda-se vocês, foda-se suas leis.

É assim que um tal de Emicida ilude a juventude da favela e encantam os playboys da sacada com uma especie de poesia misturada com desordem.

É Emicida, chegou onde você queria não é? (ironia). Casa boa e confortável, carro de luxo, rios de dinheiro ganhado com letras do seu rap e isso não é uma critica, porque se você chegou onde você chegou é porque lutou por isso, o que realmente me incomoda é que pra ter que manter sua riqueza você tem que sustenta-la com base na exploração da miséria.

A sua música que ao mesmo tempo expõem a realidade da favela, instiga o ódio de pobres contra ricos, de negros contra brancos e você com os bolsos cheios de dólares e euros ainda tem a cara de pau de subir em um palco e instigar o ódio da sua plateia contra a policia.

Você finge não saber que as famílias que invadem terrenos são usadas como massa de manobras por verdadeiros bandidos, como João Pedro Stedile e José Rainha do MST que por um acaso você defende.

Você fala de desemprego e de fome ao mesmo tempo em que apoia o PT, um partido que é o responsável pela crise que vivemos e que também é o responsável por roubo de bilhões e bilhões de impostos de quem trabalha nesse país.

Quanta hipocrisia Emicida (ironia).

Nas suas músicas você fala de respeito e dignidade quando na verdade o exemplo que você passa para os seus fãs é prisão por desacato, é o desrespeito as leis. Você não é nem de longe o que tenta passar, é um aproveitador da da pobreza alheia que assiste de camarote a condução das massas pela esquerda autoritária.

Emicida, você chegou onde chegou, graças as oportunidades, que não são muitas, é verdade, que o capital lhe ofereceu, você capitalizou os seus sonhos e venceu, parabéns e é por isso que a sua poesia hipócrita e a de Sérgio Vaz não me enganam

O capital meu caro e você é a prova disso, é que faz a roda girar, goste você ou não, sempre foi assim, não seja arrogante, deixe a favela parar de sonhar e começar realizar.

O meu nome é Fernando Holiday e eu sou o seu dedo na ferida.

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Emicida ganhou destaque na mídia recentemente com seu discurso na virada cultural, onde protestou contra a intolerância religiosa, e também no recém lançado som “Boa Esperança“. Nas duas ocasiões, o rapper paulista expôs seu ponto de vista em relação a várias pautas que estão em fermentada discussão por todo Brasil.

Dedo na Ferida:

[ytp_video source=”QdvYAjQYdIs”]