Alguns dizem que o Rap tem que ser sempre do mesmo jeito, mas vários estão carentes de inovação, porem outros já estão trazendo esta inovação, estou falando do FRAJ, o cara chegou com um estilo diferente e com uma mensagem forte; o rapper de Florianópolis prepara o lançamento de seu EP “EKSTSS” que já tem 2 singles lançados e pretende “fazer conservador chorar“.
Batemos um papo com FRAJ, conversamos sobre o novo disco, produção, inspiração, inovação e mais; se você é conservador aqui vai um aviso, você vai entrar em “EKSTSS”.
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RND: Salve FRAJ, prazer em ter você aqui no RND, mas ai, porque FRAJ?
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FRAJ: Salve, rapaziada da RND! Satisfação imensa pelo convite! Então, o vulgo FRAJ vem de Frajola, que era meu pseudônimo num antigo grupo que fiz parte. Meu nome é Gabriel e eu precisava de um nome artístico pra colar na cena. Um dia, num diálogo de domingo com meu pai, descobri que seu apelido na infância era Patolino (risos), não sei o porquê. A partir disso eu escolhi Frajola por sempre ter gostado do desenho e torcido pro felino pegar o Piu Piu. Foi algo muito pessoal. Um tempo depois comecei a ver muita ligação entre o personagem do desenho e minha imagem artística, e foi daí que decidi buscar minha identidade como artista, iniciando pelo nome que veio a ser FRAJ.
RND: Você tem um estilo completamente diferente do que estamos habituados no Rap Nacional, de onde vem essa inspiração?
FRAJ: Eu conversei muito sobre isso com meu produtor Beli Remour e nessa conversa nós chegamos meio que em uma teoria. A inspiração que nos ronda vem do fato de não impor limites, regras e normas a nossa arte. Particularmente, eu tento navegar em toda onda possível e experimentar o máximo de sabores. Como apreciador da arte, assisto a filmes que vão desde o drama ao terror, músicas que vão do rap ao blues, livros de filosofia até um romance de boteco. Sou um nômade, um navegante.
RND: Vimos que o produtor que você está trabalhando é o Beli Remour, como o conheceu, ele é Brasileiro?
FRAJ: Ele é brasileiro, natural de Florianópolis. Nós nos conhecemos através da música. Fui gravar no estúdio do Beli e após conhecer sua arte (e ele a minha) nos identificamos. Começamos a trabalhar junto e hoje estamos aí, alguns projetos já concretizados, outros se concretizando e outros que ainda virão.
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RND: Sabemos que você está prestes a lançar seu EP chamado “EKSTSS”, a produção será inteira de Beli? O que podemos esperar?
FRAJ: O EP é intitulado EKSTSS que vem do grego Ekstasis e significa Êxtase. A produção será toda de Beli Remour, tendo na parte visual o trabalho da fotógrafa (e também modelo) Carolina Maennchen. A obra é tanto minha quanto deles dois. Como se pode observar nos dois singles lançados (Soulever e Pinocchio), nosso trabalho visa o novo, a criação, a inovação. Podem esperar um agrupado de músicas versátil o bastante pra alcançar de A a Z e inovador o bastante pra fazer conservador chorar.
RND: Você já tem data para lançamento do EP? Terá mais alguns singles?
FRAJ: O EP está previsto pra outubro, por aí, porém não há uma data específica ainda. Serão lançados mais dois singles e é provável que ambos venham com clipe. O próximo já está a caminho! Um trap que, parafraseando Amiri, ‘’até cadeirante vai fazer break dance’’.
RND: Você considera que está colocando um novo ‘estilo’ de Rap na cena?
FRAJ: Creio que estou fazendo uma parada diferente. Tanto na minha parte do vocal quanto na produção com o Beli. Não sei dizer se é um estilo, pois nem eu consigo me definir como artista. Eu mudo muito, mudo sempre, anseio por coisas novas. Portanto, estamos fazendo uma parada que difere do convencional. Nem melhor nem pior, apenas diferente.