Recentemente o rapper Eduardo, ex integrante do Facção Central, esteve em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mário Quintana para palestrar, e como sempre, o rapper abriu um espaço para o público fazer perguntas.
Na primeira parte do vídeo, Eduardo responde sobre Mano Brown, “Em relação ao Brown, é o seguinte, é um mano que num dado momento da carreira dele eu também ouvia e aprendi muita coisa vendo show dos caras; o rap é isso, é um aprendizado completo. De repente, aquilo que eu não falei, o mano falou, o Realidade Cruel, o GOG” e completou dizendo que o Rap não atua como movimento, mas na hora de cantar isso acaba acontecendo.
Continuando a reflexão, Eduardo mostrou sua visão sobre o Rap e as críticas que vários mc’s sofrem quando a discussão se entorna sobre o que é Rap.
“Muitas vezes a gente se apega em motivos banais pra ter discórdia entre nós. ‘Ah, fulano canta isso, ciclano canta aquilo’, eu falo ‘porra, não escuta’; o Rap é muito pequeno perto do que a gente tá fazendo hoje aqui, isto transcende a música. Independente de gênero musical, todo mundo aqui tá sendo aceito“, explicou e continuou dando exemplos, citando um estilo mais romântico e também um estilo mais militante.
Eduardo também expôs sua opinião sobre os fãs/artistas de Rap que criticam o próprio estilo:
“Quanto mais a gente vai pontuando coisas negativas em fulano e ciclano, mais a gente vai se dividindo. o Rap é apenas um estilo musical, se tiver o cara que quer ser militante, firmeza; se não tiver, firmeza também. Não tem um estatuto do Rap onde você assina dizendo que é obrigatório fazer militância política, onde é obrigatório você vir aqui trocar ideia com o público. Cada um faz aquilo que tá no coração; eu to aqui porque eu acho que é o ideal, o correto, tem mano que acha que só precisa cantar, firmeza também” finalizou enquanto as palmas surgiam, mostrando que a concordância ali era mútua.
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