Na última quarta-feira (31), Dilma Rousseff, a primeira presidente mulher do Brasil, teve seu mandato cassado por crime de responsabilidade, mas manteve seus direitos políticos. Desde então, diversas manifestações contra o impeachment acontecem nas capitais de todo o país.
Para o presidente recém-empossado Michel Temer, vice de Dilma e defensor do impeachment, essas manifestações “não foram democráticas“.
Em um bate-papo com os fãs em uma live em sua página oficial no Facebook, Dexter, que lançou a pouco seu segundo álbum solo, comentou o novo momento vivido no Brasil.
— O rap é denúncia também. O rap é melhorias para todo mundo, mental, física e espiritual, tá ligado? E é denúncia também! É bater de frente! Estamos vivendo um momento muito complicado e eu diria, por que não, por conta do que aconteceu ontem [quarta-feira, 31 de agosto, o dia da votação do impeachment no Senado], nós vimos, mais uma vez, nossa Constituição ser ferida.
O rapper não defendeu nenhum partido político, mas se posicionou diante do cenário brasileiro: vivemos um novo golpe.
— Independente de qualquer fita, eu não estou falando de partido político, eu estou falando de uma Constituição que deveria ser respeitada e não é, e não foi. Nunca é, na verdade, principalmente contra nós. Nunca é respeitada e, mais uma vez, não foi. Os nossos títulos de eleitores não estão valendo nada. Não estou aqui para defender ninguém. Partidos políticos erram, as pessoas que fazem parte desses partidos políticos erram. Não estou querendo eximir partido nenhum de suas responsabilidades, nós sabemos como funciona, porém a Constituição foi desrespeitada. Vivemos nos anos 60 e estamos aí vivendo um novo golpe. Mas, enfim, vamos continuar aí denunciando e registrando as nossas letras. Pelo menos eu, Dexter, e outros rapper aí vamos continuar fazendo isso: registrando todas essas coisas que acontecem no nosso país aí, ok?
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“Está valendo para porra nenhuma mesmo“, criticou o rapper.