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Criolo, Maria Gadú e Paulo Miklos (Titãs) se apresentam em ocupações de estudantes em SP

No próximo fim de semana, artistas e voluntários farão uma Virada Cultural nas ocupações de estudantes em São Paulo como forma de apoiar o movimento coordenado pelos jovens.

No próximo fim de semana, artistas e voluntários farão uma Virada Cultural nas ocupações de estudantes em São Paulo como forma de apoiar o movimento coordenado pelos jovens. Eles protestam contra a chamada “reorganização escolar” proposta pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê o fechamento de dezenas de unidades de ensino.

[Leia também: Análise de Universidade Federal
contesta reorganização escolar
– Estadão]

Entre as atrações, estão confirmadas as participações de Paulo Miklos, dos Titãs, Criolo, Maria Gadú e Edgar Scandurra, guitarrista do Ira!. Os shows devem acontecer em duas escolas, que só serão divulgadas na véspera do evento por motivos de segurança. A programação conta ainda com oficinas e rodas de conversa.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o cantor Paulo Miklos criticou a falta de diálogo de Alckmin com a comunidade. “Prova dessa apatia é que o governo publicou hoje (dia 1), no meio desse turbilhão, o decreto que oficializa o fechamento das escolas, ignorando as demandas dos estudantes, dando pouquíssimas informações transparentes sobre o futuro das escolas. Esse tipo de decisão autoritária não será mais aceito”, afirmou.

10 motivos para ser contra a reorganização das escolas do estado de São Paulo

Imagem: Folha de São Paulo

Imagem: Folha de São Paulo

O que é? No início de outubro milhões de pessoas que vivem a realidade da escola (professores, trabalhadores da escola, pais e alunos) tomaram conhecimento da proposta do governo do estado de São Paulo de “reorganização” do ensino público. O projeto em longo prazo é municipalizar todo ensino fundamental, mas imediatamente dividir as escolas por ciclo único: primeiros anos do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Buscamos nesse artigo elencar os dez impactos mais importantes dessa profunda alteração das escolas estaduais em 2016.

1 – O projeto de reorganização escolar mudará a vida de todos, porém não foi debatido com professores, pais, alunos e funcionários das escolas de forma democrática. Fomos informados pela televisão e nosso destino será definido por decreto.

2 – O objetivo central da “reorganização” é corte de verbas. Centenas de escolas serão fechadas, já que o remanejamento de mais de 1 milhão de alunos é concentrar a demanda em determinadas unidades de ensino e fechar outras.

3 – Os professores temporários serão demitidos, pois haverá ainda menos aulas para atribuir.

4 – Trabalhadores terceirizados da merenda e limpeza, que possuem contratos de trabalhos mais frágeis, também serão demitidos.

5 – Mais alunos por sala de aula. A realidade de aulas lotadas será ainda pior.

6 – A reorganização é uma preparação para abrir a escola pública ainda mais para a iniciativa privada. Com a municipalização do ensino fundamental, parcerias públicos privadas na gestão escolar poderão ser implementadas.

7 – Os alunos terão que estudar até 1,5 km da escola de origem, o que significa 3km entre uma escola e outra (se cada uma tiver na ponta do diâmetro) e em linha reta. Isso dificultará enormemente para os pais que tem filhos em ciclos diferentes.

8 – Aumenta a evasão escolar, principalmente no ensino noturno, já muitos alunos organizam sua vida em função do trabalho, estudam até as 23hs e acordam muito cedo.

9 – Reduzirá oferta pelo ensino noturno e os cursos de EJA ou torná-los extremamente precários.

10 – Com o ensino em ciclos divididos por escola, a implementação do Ensino em Tempo Integral e a flexibilização do currículo serão facilitados, retirando disciplinas e esvaziando a escola de conteúdo.