Todos sabemos que o rap nordeste em geral está cada vez mais em ascensão, todos os dias surgem novos nomes e alguns deles merecem toda a atenção, por produzirem um trabalho artístico criativo e de qualidade. Esse é o caso de Schnneider, um dos atuais expoentes da cena de Pernambuco e que já chama atenção desde as rodas de freestyle.
Natural de Águas Compridas, da cidade de Olinda, Schnneider tem uma caminhada que teve início em 2012 junto com grupos do bairro onde mora, no ano seguinte destacou- se nas rodas de rima tornando-se um dos maiores nomes de seu estado. Aproveitando o destaque, lançou seu primeiro trabalho, intitulado “Ela é minha Dama”.
Seguindo com seus lançamentos, Schnneider participou de trabalhos como o “Cordel Marginal”, enquanto vinha amadurecendo a produção de seu EP, “Degradê”, lançado no ultimo dia 18 de dezembro. Com nomes como Lázaro Júnior( Carpe), responsável pela direção artística, e HTTP, KERDA L.A, DASH, SATIVO, responsáveis pela produção musical, o MC manteve-se próximo a todo o processo produtivo, da escolha de repertório até a composição dos arranjos.
Schnneider diz que o apoio do músico Arthur Miranda, responsável pelas guitarras adicionais, foi importante para enriquecer o trabalho musicalmente e fortalecer o conceito buscado com o EP. Tudo isso graças a química entre os dois, tanto ao vivo, quanto em estúdio.
Fazendo uma espécie de amálgama com seu trampo, trazendo como bagagem a influência de artistas como Cordel do Fogo Encantado, Tyler The Creator, Cancão, Luiz Julião, Janis Joplin, Boogarins em conjunto com a vivência adquirida desde os tempos da batalha da Escadaria. Fazendo dessa forma um trabalho extremamente inspirado artisticamente e bastante original.
“Gostei muito desse álbum, porque se parece comigo: meio rústico, sentimental, intuitivo e acima de tudo verdadeiro. Levou um tempo para eu decidir como queria me expressar, mas rapidamente tudo fluiu de forma muito natural, muito forte” (Schnneider)
Gravado, mixado e masterizado na Outra Vibe Records, o EP traz um verdadeiro degradê, ao balancear nas oito faixas, uma transição do do delicado ao trash. Essas músicas que integram o trabalho, passeiam por assuntos como relações afetivas, muitas delas à primeira vista, que é o caso da terceira faixa “Degradê“, sobre a intimidade entre aqueles que se amam.
Então ouça e deguste, “Degradê”:
