Formado por Roger (Tattoage), Fabio Cruz (Sampa) e Vinícius (Braga), o grupo Terceiro Tempo Rap é a construção de três ideologias distintas, uma junção de mundos e ideias que resultou em um encontro, e que por ironia do destino ou do acaso, a numerologia dessa união teve que ser três, segundo os integrantes do grupo.
Com referências pesadas da gringa que vão desde Michale Jackson, Lauryn Hill, NWA, Tupac, Ray Charles, aos mais brabos do nacional como Ndee Naldinho, Dina Di, Racionais, Dexter e Nelson Triunfo, os meninos lançaram em setembro desse ano, o seu primeiro álbum intitulado “R&T” (Real e Triste), que relata de forma sincera uma pequena parte da realidade vivida dentro das periferias do país, suas condições críticas e sua falta de progresso, quando o crime e o tráfico de drogas passam a ser mais atrativos para jovens e crianças, do que os livros na escola.
Braga fala um pouco da luta que o grupo prega, “É isso, estamos na luta, lutando pela liberdade, pela igualdade social. Meu único sonho e objetivo, é ver todo mundo sorrindo, todo mundo de igual pra igual. Enquanto não tiver bom pra todo mundo, não tá bom pra ninguém”.
Com produção executiva do selo Comboio Records, Real e Triste conta com oito faixas e todas elas estão correlacionadas diretamente ao nome do álbum e suas iniciais, dando mais entonação ao título e aos temas abordados em cada música, que buscam apontar erros voltados ao país, as suas leis, e principalmente aos homens que estão no comando do poder, se achando superiores ao ponto de julgar as minorias e o povo preto do gueto, fazendo com que a rua te ensine e te dê mais oportunidades do que o próprio ‘’ensino governamental’’.