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Chegou a hora da Boca falar, novo Selo de Brasília mostra sua música pro Brasil

O Selo Boca, de Brasília, formado pelo Froid e composto por UBR, Mandala, Heitor e Liflow, lançou sua primeira música e prometeu a mixtape, clipe e muito barulho.

O Selo Boca, de Brasília, formado pelo Froid e composto por UBR, Mandala, Heitor e Liflow, lançou sua primeira música e prometeu a mixtape, clipe e muito barulho, conseguiram ter muitas referências, ideias políticas e movimentar a cena com o primeiro som “Como Você Nunca Ouviu Falar?“. Quem cantou a música foram Menestrel, Froid e LiFlow, nessa ordem.

Começando a música, vem um pequeno corte da música “On & On” da Erykah Badu, onde ela canta ‘every lesson learned’ (traduz-se como ‘cada lição aprendida’, seguindo o contexto da música). Depois um pequeno corte de uma reportagem do programa Bom Dia RJ onde o estudante de física médica consegue colocar no maior canal televisivo do país um ‘primeiramente: fora Temer’ e assim Froid e todo o grupo consegue incluir sua posição política na música, apenas com citações, falando de lições que aprendemos e porradas que levamos, e primeiramente o continuar lutando sem Temer pela volta de uma melhora.

Depois desse começo, Menestrel vem com um chute na cara, desacreditado de quem ainda tem fé nele mesmo, suicida em progresso, ele mostra sua saída com os seus manos, encaixando cada frase e sentimento com a batida, o beat e a voz se encaixaram de forma tão perfeita que deu a melhor levada no som, sinceramente sendo a minha parte preferida na música.

Entre as rimas de cada Mc, eles cantam o verso “não, não vai ficar assim não / Assim não vai ficar“, frase celebre da música “Isso Não vai Ficar Assim” de Itamar Assumpção e que foi gravada por diversos artistas como Ney Matogrosso e Zélia Duncan.

Depois de Menestrel, o próprio Froid rima, assim como na primeira estrofe, Froid mistura experiências pessoais, metáforas sociais para demonstrar desilusões e lutas diárias, a última rima dele resume exatamente o dito, quando fala: “Isso não é uma rima é um tarja preta“. Cada verso ele demonstra uma crítica social e mostra como escrever seu rap é seu vício e pede para que não tomem dele, a única coisa que te pertence, sua essência, como ao dizer “rasga não pô, eu anotei essa pro disco“. E voltamos ao ‘refrão’, ao “Não vai ficar assim, não“.

Para terminar, aceleramos com Liflow, com um flow mais rápido que os Mcs anteriores, mas ainda seguindo a lógica dos outros, começa contando parte de sua história para fazer uma crítica social, falando de como meteu o pé aos treze devido aos problemas que observou e próprios, critica algumas mazelas sociais criadas e como elas afetam a todos, na outra metade dos seus versos, assim como os outros dois, também usa de metáforas para relatar problemas da sociedade. A diferença da rima de Liflow é a forma com que ele brinca com sílabas e palavras, fazendo com o seu flow se misture com a métrica e ele em algumas frases rime de forma aliterante, rima a qual quem escreve repete as consoantes e muda as vogais, dando maior ritmo a música dessa forma.

Clique e acompanhe letra do primeiro de muitos sucessos que o Selo promete:

Trecho da música
Qual é o meu preço de me arriscas? pra viver do meu sonho
Sonho acordado de acordo com o proponho
Blefo na mesa o jogo ando falando pouco
Arquitetando a fuga pro mundo que eu sou dono