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Review Nacional: “O Que Separa Os Homens Dos Meninos”, por Sant

sant
Coé, meu bonde!
Menino Huss aqui novamente pra revisar mais um trabalho da nossa cena nacional! O escolhido dessa vez foi o EP de debute do Sant, cujo título é “O Que Separa Os Homens Dos Meninos”. Pra quem não sabe, o Sant é pupilo da lenda Marechal. Como o trabalho é curtinho (5 faixas, tirando uma bônus), farei aquele esquema de falar sobre cada faixa. Tiupar!

A 1ª track, que recebe o mesmo nome do trabalho, é simplesmente uma pedrada. Assistido por belas notas de piano, o rapper carioca simplesmente solta versos fortíssimos e bem introspectivos, sobre sua família e também sobre fatos que marcaram sua vida antes de se lançar no rap. Logo na intro o muleque já chega com o pé na porta.

“B.O.” é o nome da segunda faixa, e retrata o dilema do tráfico de drogas no Rio. Sant mostra sua versatilidade rimando como um soldado do morro no 1º verso, e assumindo sua real persona no 2º. A produção é daquelas que te põem pra cima, e é assinada pelo já famoso Luiz Café, e conta com traços até do dubstep.

A 3ª track, “O Tempo Passou”, já havia sido lançada anteriormente; o que difere na versão do álbum é o ótimo verso largado pelo Marechal, daqueles que te encanta mesmo você tendo uma ideologia diferente do cara (o que é exatamente o meu caso). No mais, a faixa já era foda, com belos versos do Sant sobre sua história e suas vontades para o futuro, além de seu mentor mandando bem no refrão e na produção.

“Coragem” é o nome da 4ª faixa. Em mais um beat assinado pelo Marecha, dessa vez numa vibe chill out, e o Sant versa sobre os momentos em que pensou em largar a carreira, além dos desafios que encontra por querer viver do rap. Dá pra se inspirar a vera nas rimas ali encontradas.

Fechando oficialmente o álbum, chegamos na track “O Mundo Ao Norte”. Aqui, o rapper versa sobre o seu local de origem, a Zona Norte carioca, também conhecida como ZN, e os elementos que a compõem: a desigualdade social, a presença das favelas e o esquecimento em relação ao Rio geralmente retratado.

Num apanhado geral, o EP é geralmente surpreendente, tanto pela lírica monstra do Sant, tanto pela escolha precisa dos beats, e mais ainda por ser um trabalho de conscious rap que não te cansa, e realmente consegue te prender do começo ao fim. Certamente é o melhor release nacional do ano até agora, e uma belíssima estreia pro jovem rapper carioca. E é isso, aguardem porque ai vem mais conteúdo pesado do blog mais quente do jogo! Até!

Nota5