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Original e experimental, Elefante marca o retorno de Lucas Félix

O ótimo artista do grupo A.L.M.A marca seu retorno com o album solo “Elefante”, o qual traz uma sensação de nostalgia e o sentimento de olhar para dentro, para o que for intrínseco ao individuo. É perceptível no album e principalmente na capa a influência de Kanye West, porém essa não é a unica fonte de inspiração do artista. Basquiat, Kid Cudi e Alejandro Jodorowsky foram referências igualmente importantes.

Lucas Félix carrega no albúm um misto de sentimentos e emoções que reflete numa sonoridade experimental do disco. Com potencial para ser um dos melhores álbuns, é dos mais originais do ano, dialogando sempre com o ouvinte e mostrando tudo que o público precisa ouvir.

“É como lembrar de um dia em que sua mãe cuidou de você quando não havia mais nada, lembrar da saudade que bate quando estamos longe dos filhos, lembrar da neurose e depressão, nossa e dos amigos, que muitas vezes fingimos não ver para evitar transtorno, exposição” Categoriza

Elefante conta com dois singles lançados Basquiat e Canção Sem Nome, sendo a segunda recente, que nos fez criar uma boa expectativa sobre como seria o projeto de Lucas. No disco, o artista fala de um conjunto que acompanha o jovem hoje em dia, festas, drogas, dores e feridas profundas que assombram a nossa mocidade.


“É um álbum sobre infância, adolescência e início da vida adulta. Um olhar sobre a miséria material e espiritual, mas também sobre as bênçãos que a vida nos dá sem que a gente peça”, afirma o artista.

O interessante é que cada faixa tem uma identidade atípica, com notável inflûencia de 808 & Heartbreak de Kanye West. Carrega nos versos o auto conhecimento, reconhecer que é forte e poderoso como um elefante. É recheado também de criticas sobre o violento presidente que comanda esse nosso Brasil. Mas acima de tudo representa a maturidade de Lucas Félix.

A capa do disco produzida por Cayo Carig traz um significado subjetivo que permite milhares de análises, para o budismo, elefante é um símbolo de força da mente. E no hinduísmo, encarna Ganesh, um deus com cabeça de elefante que representa sabedoria, boa sorte e prosperidade, o animal em diversos lugares do mundo pode ter vários significados, para o Feng Shui (arte chinesa de origem filosofica taoista) o elefante é símbolo de proteção e estabilidade, devido a sua força e poder físico, em prédios asiaticos, é comum ver dois posicionados na entrada, que dão sentido de respeito e humildade ao local e seus habitantes, e o mais interessante que o animal deve ter a tromba levantada, para representar prosperidade, boa sorte e sucesso. E ao olhar para capa do disco são notáveis todas as caracteristicas aqui citadas, não sabemos se foi proposital, mas a possibilidade do disco Elefante alcançar tudo isso é muito grande, seja nas referencias religiosas-culturais, seja nas letras ou seja na estética sonora.

Produzido pelo próprio Felix, em colaboração com Masthif, Cínico e Wendeus, o projeto possui 14 canções e participações de Débs, Rômulo Boca, THC, Rodrigo Zin, Mia, Libertamente Sounds, Bilak Rockwin, Kaneda, Letts, Lua, Kiim Vênus e Cayo Carig, responsável por todas as artes do álbum. A capa do disco traz referências de Akira, 2001, O Pequeno Príncipe, Dragon Ball Z e Daft Punk.