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Review: “All Amerikkan Bada$$” por Joey Bada$$

Iaeee seus geração 7×1 suave?! Shaq por aqui pra largar mais uma, dessa vez, uma que vocês perturbaram pra fazer e se não tiver comentários, vamo ter que convocar o bonde do isqueiro.

Como vocês já viram aí no título a análise de hoje é do Garoto Bumbum Perverso, ele mesmo, Joey Bada$$, com trampo novo tem algumas semanas e como diz o ditado vox Populi, vox Dei, se não manjam latim, procurem saber. E sem mais enrolação vamos falar desse disquin gostozin… All-Amerikkkan Bada$$.

Antes de começar a falar propriamente do disco, queria abordar a expectativa que eu particularmente tinha com o esse trampo, principalmente em relação com o release predecessor e como estava sendo feito o “trabalho de marketing” desse disco atual, antes do vazamento lançamento.

Desde 1999 o disco não o ano to de olho no trampo não só do Joey, mas da PRO ERA toda, tem muitas coisas boas saindo de lá, ainda mais se tu curtir um boombap mais puxado pra Golden Era (procure saber), voltando ao raciocínio, um trampo consistente com boas tracks, boas participações dos integrantes do selo e com uma ótima aceitação do público em geral e que abriu portas do game para o B4.DA.$$ (lê a review aí. dá tempo, depois volta pra cá) ter o alcance que teve.

Bom como sempre, começando pela capa e a identidade visual do disco, que casam demais com a proposta, começando com a bandeira da terra do Trump estilizada em gang rags, //por imagem// não só na capa, mas também em todas as publicidades de lançamento (inclusive em um puta painel lindo que fizeram no Brooklyn se não me engano), o nome do projeto e data do lançamento (7 de abril) também foram uma referência/homenagem ao lançamento na mesma data em 2010 de Amerikkkan Korruption, disco do falecido Capital Steez e também têm um tom de referências à clássicos do rap (Amerikkka’s Most Wanted) que vemos ao longo de todo o trampo e falaremos mais à frente.

Falando do disco em si, separando as doze faixas em três atos, já de cara temos uma noção de onde Joey quer nos guiar com a sequência de abertura das quatro primeiras tracks, nos levando aos fatos cotidianos em que o racismo existe e está muito presente nas atitudes da Amerikkka que indiretamente sqn põe um alvo nas costas dos negros de várias maneiras possíveis, especificamente na primeira track, que é um wake up call à comunidade negra americana para que fiquem atentos, por que ainda é perigoso ser negro.

Já no miolo do disco, começamos o segundo ato com a faixa que eu particularmente não havia gostado quando foi lançada como single e também não havia curtido o audiovisual, MAS, assim que ouvi o disco completo, percebi que DEVASTATED é uma parte essencial para assimilarmos o conceito do trampo como um todo e passou a ser uma das minhas tracks preferidas do disco e também uma ligação entre a mensagem de abertura do disco e a transição para a conclusão. Queria ressaltar também o verso do Q em ROCKABYE BABY e o ‘dueto’ Kirk Knight e Nyck Caution em RING THE ALARM (SÉRIO VOCÊS PERCISAM PRESTAR ATENÇÃO NESSE VERSO), metendo o pé na porta e nos levando ao protesto direto no terceiro arco do disco.

Com uma linda produção do Statik Selektah (mesmo sample de Um Dia de Chuva Qualquer do BK) somos introduzidos à terceira e última parte de um disco muito conciso e com uma mensagem bem direta e certeira, nenhuma das produções deixa a desejar e as tracks são todas coesas e seguem uma linha com introdução, desenvolvimento e conclusão entre si, mas também fazem sentido sozinhas (o que acredito ser a regra #1 para um bom álbum).

Tudo foi muito bem pensado, como ressaltado no início, da comunicação visual à última faixa do disco, as referências utilizadas, samples, todos os fatores colaboram para um bom disco. Uma das coisas que me deixaram muito satisfeito com esse trampo é o fato de que há um protesto escancarado antirracismo e mesmo assim em nenhum momento reduz a musicalidade ou a qualidade em detrimento ao protesto. Como o rap deve ser.

É isso mes ami. Não feche a aba que tão vindo por aí várias review bolada.

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É noiz.